workmonitor 2024

Para quase dois terços dos entrevistados (60%), a vida pessoal é mais importante do que a sua vida profissional. O work-life balance é tão importante quanto o salário (93%) – mais do que qualquer outro fator. 

Ao considerar o próximo passo na carreira, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional (57%) é até mais importante do que um aumento salarial (55%). Mas tal não impede os talentos de querer preparar as suas competências para o futuro através da formação (72%), especialmente em áreas como a inteligência artificial (IA) e as TI, que estão a mudar o mundo do trabalho e as funções que existem atualmente. 

As empresas precisam de reconhecer que as prioridades dos talentos estão a mudar e oferecer caminhos mais criativos que possibilitem a sua progressão e desenvolvimento.

A importância do work-life balance também se reflete no foco contínuo no trabalho flexível, ainda que muitos empregadores defendam já o regresso ao escritório. Poder trabalhar a partir de casa é um fator não-negociável para quase 2 em 5 trabalhadores. Mas quando se trata de dar o próximo passo na carreira, a flexibilidade está um pouco acima do desejo de trabalhar a partir de casa (41% vs. 37%).

Os talentos procuram parcerias com empresas que tenham ideias semelhantes às suas e nas quais possam contribuir para melhorar a equidade no local de trabalho.

Os trabalhadores favorecem os empregadores cujas opiniões, valores e visões do mundo refletem as suas próprias e com quem possam trabalhar para melhorar a equidade no local de trabalho. Mais de um terço afirma que não aceitaria um emprego numa empresa em que não concordasse com as opiniões da liderança da organização (38%), com 54% dos entrevistados a considerar importante a posição e as ações do seu empregador no que diz respeito a questões sociais e políticas. Entretanto, quase dois quintos (38%) procura um alinhamento nas questões sociais e ambientais quando pensa num futuro empregador.

Os talentos continuam a dar prioridade à preparação das suas competências para o futuro, especialmente à luz da adoção generalizada da IA.

Apesar de existir uma atitude mais complexa no que diz respeito à progressão de carreira, evidencia-se uma grande vontade de adquirir mais formação e desenvolver competências (72%). Cerca de um terço dos trabalhadores (29%) deixaria um emprego que não oferecesse formação e oportunidades de desenvolvimento. Os inquiridos assumem que esta é uma responsabilidade partilhada entre trabalhadores e empregadores estando a IA no topo das competências que querem desenvolver.