a evolução dos relatórios ESG.

A prática de relatórios ESG é generalizada, indo além de um sector e tornando-se cada vez mais uma regra para qualquer organização. Esta mudança deve-se à crescente preocupação com a sustentabilidade alavancada por novas regras e regulamentos, assim como uma compreensão mais ampla da sua importância para o nosso futuro. À medida que o mercado amadurece, são várias as novas tendências que vão moldar o futuro:

Aumento da padronização: está em curso uma iniciativa global para padronizar as estruturas dos relatórios ESG para melhorar a comparabilidade. Iniciativas como o International Sustainability Standards Board (ISSB) estão a liderar este esforço, com o objetivo de criar "uma linha de base global abrangente de padrões de divulgação relacionados à sustentabilidade".

Este objetivo de padronização também é evidente nos esforços da União Europeia com a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) e a Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA com uma proposta de regulamentação para a divulgação climática.

Foco na precisão e fiabilidade dos dados: Com o crescente escrutínio dos dados ESG, garantir a precisão e a fiabilidade é fundamental. As empresas estão a investir em sistemas robustos de gestão de dados e à procura da garantia de entidades terceiras independentes para construir confiança e credibilidade. A Pesquisa Global de Investidores da PwC de 2023 revela que 94% dos investidores acreditam que os relatórios corporativos contêm afirmações de sustentabilidade sem suporte factual e que é importante que os relatórios ESG sejam auditados por entidades independente para gerar confiança a todas as partes interessadas.
Integração da Tecnologia: A tecnologia está a desempenhar um papel crucial na otimização da recolha e análise de dados ESG. A inteligência artificial (IA), o blockchain e o machine learning estão a ser utilizados como alavancas para melhorar a eficiência, a transparência e a auditabilidade dos dados e dos relatórios ESG. Um relatório da Deloitte destaca como a IA pode ser usada para "automatizar a recolha de dados, identificar riscos e oportunidades ESG e gerar insights para uma melhor tomada de decisão". No entanto, um relatório da Randstad de novembro de 2024 revela uma lacuna significativa de competências, com apenas 35% dos profissionais a terem feito formação na área de IA. Embora isso represente uma melhoria em relação aos 13% de 2023, as organizações ainda têm um caminho considerável a percorrer para desenvolver os seus talentos com as competências de IA necessárias e para realmente aproveitarem os benefícios da integração da tecnologia nos relatórios ESG.

Ênfase na Materialidade: As empresas estão a afastar-se de uma abordagem de “apenas fazer” os relatórios ESG, concentrando-se na divulgação de informações que são relevantes para o seu negócio e partes interessadas. Isso envolve identificar e prioritizar os fatores ESG que têm um impacto significativo nas suas operações, na cadeia de valor e na sustentabilidade de longo prazo. O Sustainability Accounting Standards Board (SASB) fornece padrões específicos do setor que ajudam as empresas a identificar questões materiais de ESG.

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