A Randstad publicou os resultados do workmonitor 2024, um estudo para o qual foram entrevistados 27 mil profissionais em 34 países e que permite compreender os drivers motivacionais do talento.
Face aos resultados de 2023, notamos prioridades em mudança, onde os key takeaways são a flexibilidade, equidade & diversidade, AI & skilling, ambição & motivação.
Curiosamente, a ambição surge como um conceito que ganha uma nova abrangência e perde o seu sentido mais tradicional que a associa a uma progressão na carreira. Talento mais ambicioso e menos preocupado com a incerteza económica, mais atento a oportunidades de desenvolvimento profissional e mais consciente da importância do sentido de pertença e conexão, que integra nas suas decisões de carreira variáveis mais amplas e que se prendem sobretudo com wins and losses ao nível do worklife balance.
As organizações devem ter em conta que, embora 35% dos profissionais afirmem que deixariam o seu emprego caso não oferecesse possibilidade de progressão na carreira, mais de 48% referem que deixariam o seu emprego se os impedisse de desfrutar da sua vida pessoal. Mais de 4 em cada 10 (41%) afirmam que o seu nível de ambição muda dependendo de fatores externos ao seu trabalho e, de facto, os dados mostram-nos que mais de metade dos inquiridos (51%) permaneceriam numa função que gostam, mesmo que esta não ofereça oportunidades de progressão. A proporção de profissionais que afirma que não aceitariam um emprego sem oportunidades de progressão na carreira (42%) é muito semelhante ao número (39%) de profissionais que dizem não querer progressão na carreira porque estão satisfeitos com a sua função.
Estes números poderiam levar-nos a pensar que o investimento ou a disponibilidade para o desenvolvimento de competências tivesse registado uma diminuição, mas, na verdade, os talentos estão cada vez mais conscientes da sua importância para se manterem competitivos num mundo em constante evolução. Mais de 1/3 dos inquiridos não ambiciona uma progressão na carreira porque se sentem realizados na sua função (39%), mas isso não os impede de quererem preparar as suas competências para o futuro (72%), especialmente em temas como a inteligência artificial (IA) e IT.
saiba tudo sobre as tendências do talento para 2024 com o workmonitor da Randstad
download do workmonitorReconhecendo que as prioridades estão a mudar, há espaço para criativamente pensarmos nos novos underlying challenges da gestão do talento e assegurar uma força de trabalho saudável, comprometida e produtiva. É fundamental que as organizações se aproximem e se alinhem com estes conceitos que
ganham uma nova abrangência e assumem um espaço maior nas decisões sobre carreira.