Na última re(talk), Paula Carneiro, directora de people experience na EDP, e Pedro Sousa, operations director de outsourcing na Randstad Portugal, debatem se Portugal ainda é um país atrativo para trabalhar.

    

Embora Portugal seja um destino muito renomeado pelo turismo, ainda sofre de algumas percepções menos favorável quando reconhecido como local para a trabalhar, nomeadamente em pay and benefits e no baixo engagement. No entanto, é cada vez mais elogiado em áreas como o respeito e o reconhecimento, e a qualidade e foco no cliente, características que Paula Carneiro relaciona com a própria cultura portuguesa.

Também Pedro Sousa concorda que o salário é efectivamente um dos pontos mais fracos do employer branding da marca nacional, porém é considerado apenas um factor higiénico. Conforme analisado no Randstad Employer Brand Research, existem vários outros elementos que podem complementar positivamente a percepção da marca e melhorar sua a atratividade, sendo exemplo destes o ambiente de trabalho, os novos desafios ou até mesmo o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.  Já  os pontos fortes de Portugal, também segundo o estudo desenvolvido pela Randstad,  são a localização central do país, a qualidade das infraestruturas, o custo do trabalho e a moral.

Atualmente, com a advento da pandemia, é possível afirmar que a marca Portugal como empregadora foi reforçada. O país tem sido indicado como exemplo a seguir no que diz respeito à capacidade de resposta e inovação pela imprensa estrangeira,o que cria uma percepção cada vez mais positiva da sua marca. Infelizmente, em termos econômicos, dificilmente a pandemia poderá mostrar ser algo positivo para um país, mesmo um que esteja a ter uma resposta tão eficaz como o nosso.

Para o futuro, ficam as lições de que a adaptabilidade e a inovação devem manter-se activas, e que para melhorar as fraquezas e aumentar o engagement o nível de satisfação das pessoas deve ser auscultado com regularidade, a comunicação deve reforçada e as lideranças fortificadas.