José Miguel Leonardo, CEO da Randstad Portugal, e Pedro Afonso, CEO da VINCI Energies Portugal, refletem sobre os efeitos da crise nas organizações e se estas estão mais tech ou touch.
Conforme referido por José Miguel Leonardo, já vivemos num mundo digital à muitos anos, embora a transformação esteja agora mais gritante na sociedade. Porém o salto tecnológico não equivale a substituir a vertente humana mas sim a começar a tirar proveito das ferramentas tecnológicas para as necessidades do homem e combater a aversão às mesmas.
Pedro Afonso partilha da mesma opinião alertando para ser necessário criar valor em vez de apenas o explorar. É necessária uma cultura direcionada para a aprendizagem e reaprender para criar os novos hábitos do novo normal. Tudo isso depende do touch, pois são as pessoas que quem gera as ideias e as culturas.
No presente, e no futuro, devemos capitalizar os ganhos desta transformação abrupta. A tecnologia permitiu proteger as pessoas, as empresa e consequentemente irá favorecer economia. Após a experiência prática ficou evidente que disponibiliza métodos igualmente eficiente e produtivos, sendo que o ritmo avançou e com ele a assiduidade e intensidade de trabalho, representando um ganho substancial para as empresas.
No entanto é importante relembrar que embora a tecnologia alargue as nossas competências, o factor humano continua a ser o determinante. A boa liderança continua a ser indispensável para contagiar o resto da organização. No novo normal, estamos mais afastados mas mais próximos porque aconteça o que acontecer o lado humano prevalece, e o humano necessita de se sentir social e conectado. As organizações vão ficar mais tech e mais touch, pois um não pode existir sem o outro.