Na 16ª (re)talk Hernâni Andrés, corporate business manager da Primavera Business Software Solutions e Gonçalo Vilhena, CIO da Randstad Portugal falam sobre a inevitável transformação digital.
É certo que o contexto da pandemia covid-19 veio principalmente evidenciar fragilidades que existiam no processo de trabalho remoto, e clarificar a incerteza de quais as áreas prioritárias a investir para a agilização da transformação digital. Mais do que tudo, este momento da história veio impulsionar a definição do “porquê” da necessidade da mudança, e tornou-a a principal preocupação das empresas: a pandemia tornou obrigatória a mudança de hábitos.
Segundo Hernâni Andrés, a digitalização de uma empresa é muito mais do que o teletrabalho ou work from home. É também a transformação dos processos de forma a serem totalmente operacionalizados digitalmente ou até mesmo a própria mudança dos planos de negócios e do relacionamento com clientes ou fornecedores. Também Gonçalo Vilhena divide o ecossistema complexo da transformação em três dimensões indispensáveis para o seu desenvolvimento:
- a tecnologia: as ferramentas e softwares/hardwares que suportam a digitalização e mobilidade
- o ambiente: o ambiente que proporcionamos às pessoas e que ajuda a mudança de planos de negócios, de comportamento, e adoção de novos hábitos
- as pessoas: a liderança que ajuda a compreender qual o propósito e necessidade da mudança.
O que aconteceu no início do isolamento da pandemia, foi principalmente uma mudança no ambiente, que resultou na adaptação abruta. Existiam empresas mais preparadas que outras, mas todas tiveram de se transformar e continuar a trabalhar, quer com menos ou mais tecnologia.
Para o futuro, ambos os oradores concordam que a principal mudança será a adopção e a aceleração do digital. A partir do momento que a sociedade sair da zona de conforto e tiver uma experiência positiva, dificilmente retomará aos velhos hábitos, pois já não terá receio do desconhecido. Felizmente, olhando para a história, a tecnologia apenas tem melhorado a produtividade e aproximação humana, o que torna esta transformação digital um evento que devemos aceitar de bom grado. As principais barreiras para as empresas serão ao nível da dimensão econômica e recessão de custos, mas que graças à tecnologia poderam poderam ser atenuados, e talvez permitir que estas possam sair da crise com uma vantagem competitiva.