"Na verdade, nascemos para amar" indica-nos a autora de livros de ciência, Maia Szalavitz.
Sabemos que existem experiências que sustentam esta capacidade de dar e receber amor. Sabemos também que essas experiências traduzem percursos de vida. Estes guardam afetos ou desafetos, cuidado ou abandono, aceitação ou rejeição. Eu, nós, os nossos Líderes e as Organizações que integramos somos a soma destes repositórios de forças e histórias individuais e coletivas, que têm o potencial extraordinário de unir ou polarizar.
"Ensinaram-nos" desde pequenos que o nosso valor é determinado pelo outro, procuramos insistentemente o seu cuidado, atenção e validação. É aqui, nesta tábua rasa, consciência pura concebida por uma inteligência maior, que outros participaram ativamente na construção da película da nossa vida. Também eles, os outros, resultaram do condicionamento dos seus antepassados e fizeram o melhor que sabiam e podiam com as ferramentas que dispunham para nos ajudar a construir.
Projetamos, já em adultos, uma narrativa de ideias pré-concebidas relativamente ao milagre da diversidade da raça humana. Somos opiniões, rótulos, uma trama de interpretações, sentimentos e pensamentos que nos separam porque comparam. Construímos uma falsa identidade que mais tarde ou mais cedo tem de ser questionada e ressignificada. Aqui, na fase adulta, nós e os outros (des)encontramo-nos.
Todos queremos ser aceites, amados, respeitados e cuidados pelo que somos e como somos. Travamos guerras e batalhas por aceitação e inclusão. Exigimos com toda a veemência ser iguais. Então, porque é tão difícil devolver aos outros o que queremos e sentimos que é nosso por direito? Os líderes, atores principais na cultura das Organizações desempenham um papel fundamental na resposta a esta questão. Através do resgate daquela consciência inicial, o Líder Ser Humano, precisa de curar as suas próprias feridas de separação e julgamento e re(encontrar) o seu amor-próprio. Sentir compaixão por si mesmo e, com passos pequenos, perdoar e curar os seus pensamentos e sentimentos. Porque vai à frente e ilumina duas vezes, cabe ao Líder abrir a sua mente e coração e, pelo seu exemplo pessoal, transformar o julgamento em aceitação e a separação em empatia. Isto significa dignificar os outros, vê-los como iguais, procurar o entendimento através de ações concretas.
Estar atento, escutar, desejar conhecer individualmente com genuína curiosidade, são ferramentas poderosas que a liderança inclusiva dispõe. Esta é a essência das Organizações que curam!
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