Os portugueses trabalham uma média de 35,6 horas por semana, um valor superior à média europeia, que é de apenas 29,9 horas, sendo os alemães os que apresentam o horário laboral mais reduzido (25,6). Os dados são da Pordata.
Mas o número de horas trabalhadas não parece ser igual a produtividade, pois Portugal é apenas o 18.º país com o maior índice de produtividade laboral por hora de trabalho, ficando atrás do Chipre, Espanha, Itália, Alemanha ou Países Baixos.
Já o rendimento médio anual das famílias portuguesas é de 12.785 PPS (poder de compra padrão), fazendo com que o País fique em 20.º lugar no total das 27 nações que integram a análise da Pordata.
Em linha com estes números, a desigualdade na distribuição do rendimento (entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres) fixa-se nos 5,2 em Portugal, ligeiramente acima dos 5,1 na UE27. A taxa de risco de pobreza após transferências sociais (17,3%) também fica acima da média europeia (16,8%).
A análise mostra também 34,7% dos portugueses não tem capacidade para assegurar o pagamento de despesas inesperadas, o que compara com os 55,3% da Letónia ou com os 13,9% de Malta. A média da UE27 é de 32,2%.
O mesmo relatório revela que Portugal é mais activo do que a média europeia, a taxa de actividade de emprego e mercado de trabalho ascende a 59% versus 56,4% da UE27. Apresenta também uma taxa de emprego superior tanto no que concerne os homens (60,7%) como as mulheres (50,9%).
Portugal destaca-se ainda em termos de empregadores sem o ensino secundário ou superior (47,4%) e em termos de trabalhadores por conta de outrem sem o ensino secundário ou superior (39,3%). Em ambos os indicadores, ocupa mesmo o primeiro lugar entre os países da UE27.
No ranking referente à remuneração média dos trabalhadores por conta de outrem, Portugal encontra-se no 21.º lugar (26.062 PPS versus 37.091 PPS da UE27). É ainda o 14.º país em termos de salário mínimo nacional, dividindo o valor anual por 12 meses, fica-se pelos 843 euros, significativamente abaixo dos 1.643 do Luxemburgo, por exemplo. Ainda assim supera os 547 euros da Letónia.
Falando ainda em mercado de trabalho, Portugal consegue lugares mais apetecíveis no ranking em comparação com os restantes países analisados, no que concerne a taxa de desemprego que se fixa nos 5,8% nos homens e nos 7,1% nas mulheres.
Portugal parece também gastar mais em pensões do que os seus vizinhos, considerando que 14,2% do PIB corresponde a despensas em pensões, colocando o País no quarto lugar da tabela. A média da UE27 é de 12,8%.