A reconversão de competências não é algo novo e existem até empresas que assentam o seu core nestes programas. O desequilíbrio entre a oferta e a procura obriga as empresas e em especial as do sector de recursos humanos, a encontrar soluções na busca do talento para os seus clientes.
As áreas em que esta escassez se sente mais, são as de tecnologias de informação onde temos cerca de 104 mil profissionais a trabalhar. As exigências digitais e a duplicação do número de empresas no sector tecnológico desde 2012 confirmam a escassez do talento ou pelo menos o aumento da procura.
O esforço do Estado e a necessidade das empresas já se reflete num crescimento do número de inscritos em cursos tecnológicos. Mas os menos de 4000 licenciados por ano não vão chegar, mesmo que fiquem todos por cá…
A aposta em iniciativas como academias de reconversão de talento, garantem uma plataforma de formação a profissionais que querem tomar um rumo diferente na sua carreira. Esta é uma solução a curto prazo mas que obedece a uma curva de aprendizagem do profissional e que tem de ser acompanhada pela organização. Mas não pode ser penalizadora na entrada no mercado e na progressão de carreira, devendo entrar em linha de conta a experiência adquirida e o trabalho desenvolvido.
Reconhecer o potencial das pessoas é acreditar que o treino e a formação podem desenvolver novas competências, revelando novos talentos para funções chave nas organizações.