O mundo do trabalho encontra-se em constante mudança. Todos os que estamos a bordo desta quarta revolução industrial presenciamos as mudanças tecnológicas, na forma de viver, trabalhar e relacionar com os demais.

Com esta mudança vemos também o conceito da estabilidade profissional a ganhar um novo significado junto das novas gerações, gerações estas que são o amanhã das nossas empresas.

 

Mas antes do amanhã, tivemos o ontem.

Um ontem representado por diversas gerações.

Vemos uma primeira geração, mais conservadora, aquela que de forma automática olha para a estabilidade profissional como trabalhar numa empresa de renome, financeiramente estável e que nos traz segurança. 

Os baby boomers que são reconhecidos pela experiência e  carregam os valores de gerações passadas. 

A geração X, espelho de crises que lhes aportaram inseguranças, os que facilmente se adaptam às oportunidades, os leais e empreendedores e que começaram a valorizar a estabilidade profissional, sempre junta do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

A geração Y (ou millennials) acompanhou os primeiros passos para o mundo digital e como a informação ganhava velocidade e relevância em tudo. Talvez por isso sejam uma geração mais flexível, apesar de valorizar ainda mais, que a geração anterior, o worklife balance. Mas mais importante ainda são os seus objetivos profissionais, o bem-estar, acompanhando a possibilidade de mais e mais conhecimento.

E chegamos assim à mais nova geração, a geração Z, aqueles que nasceram com as tecnologias e vêm romper com o tradicionalismo da estabilidade profissional e valorizar uma perspectiva que prende este conceito com a valorização da possibilidade de crescimento, a igualdade, flexibilidade e o bem-estar individual.

Todas estas gerações procuram os benefícios oferecidos desde os baby boomers com o emprego para a vida, passando pelas gerações x e y à procura também eles de um emprego para a vida com benefícios mas também respeito e atitude profissional e a geração Y que acresce a valorização pela formação. A geração Z é quem mais valoriza as tecnologias, igualdade e flexibilidade.

Apesar das diferenças, todas as gerações têm em vista cumprir um propósito e alcançar um objetivo. Este é um dos principais motivos que leva à procura de um novo emprego. 

Os profissionais necessitam de deixar a sua marca e sentir que estão a contribuir com algo visível e positivo. Cada vez mais é procurado o equilíbrio entre o trabalho e vida pessoal, sendo a valorização do colaborador essencial para promover essa qualidade de vida e para a retenção de talentos nas empresas. 

Olhando para as exigências distintas que caracterizam cada geração, percebe-se que as empresas terão de se adaptar ao mindset dos colaboradores com quem trabalharão no futuro. 

As mudanças continuarão a ser inevitáveis, pois a retenção de talento passa inevitavelmente pela satisfação de novos parâmetros. 

Com todas as mudanças impostas pelo avanço da tecnologia, mudanças sociais, educacionais e até ambientais, o mundo do trabalho e as novas gerações deixam em aberto algumas questões relacionadas com o match entre as empresas e os colaboradores. Assim, o conceito de estabilidade profissional continuará a ser a visão dinâmica e veloz das gerações e da sua constante evolução.

 

escrito por

sandra fernandes

business unit manager da randstad