A segunda edição do Leadership Confidence Index da Odgers Berndtson revela que a confiança na liderança das empresas por parte dos seus executivos quase duplicou nos últimos dois anos, com 42% dos profissionais a afirmar ter confiança nos líderes que conduzem a empresa.
O reforço da confiança deve-se ao «sucesso na forma como lideraram com as disrupções trazidas pela pandemia ao longo dos últimos dois anos», destaca-se.
Na edição anterior do Leadership Confidence Index, em 2020, a Odgers Berndtson publicou o primeiro estudo, que revelava que apenas 24% dos executivos confiava na liderança das empresas para as quais trabalhavam.
O Index de 2022 revela ainda que a maioria dos inquiridos (90%) confirma que a sua empresa sofreu o impacto das diferentes disrupções causadas pela pandemia COVID-19 mas que, ainda assim, 71% afirma que a sua empresa cresceu ao longo dos últimos dois anos.
De acordo com o estudo, o aumento da confiança na liderança da empresa deve-se a diferentes tendências, como a adoção de mais e melhor tecnologia, fator que antes era visto com alguma incerteza. Hoje os líderes olham de forma diferente para o impacto da tecnologia. Apesar de ainda quase metade dos executivos (44%) sentir que a tecnologia é um fator de disrupção, este valor baixou significativamente dos 62% assinalados na edição de 2020 do mesmo estudo.
Políticas ESG, assim como de Inclusion & Diversity, são características fundamentais no aumento da confiança, com 87% dos inquiridos a afirmar que as suas empresas fizeram alterações positivas e de sucesso nestas áreas, durante a pandemia. Também a larga maioria (88%) está confiante de que os seus líderes têm a capacidade de continuarem a estimular e a melhorar estas áreas na empresa.
Olhando para o futuro, e para as volatilidades que se têm observado, também a larga maioria dos executivos (79%) acredita que os níveis de incerteza e perturbação poderão crescer ou manter-se elevados.
Quando questionados sobre a função mais relevante para gerir essas incertezas de forma positiva, 85% dos executivos indicou naturalmente o CEO, logo seguido do CHRO (chief Human Resources officer), com 53%, facto que revela a maior relevância dada à atração, desenvolvimento e retenção de talento no futuro
Embora a confiança tenha aumentado e seja muito superior à reportada há dois anos, 44% dos executivos continua a avaliar a sua liderança como média ou fraca nos momentos altos da pandemia. «Com mais incertezas e fatores disruptivos no horizonte, os líderes que se encontram nestas avaliações terão um grande desafio na criação de confiança entre as suas equipas nos próximos tempos», faz-se notar nas conclusões.
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aquiCriado para avaliar a confiança dos executivos nos seus líderes a nível internacional, o Leadership Confidence Index 2022 foi elaborado em conjunto com a consultora Forrester.