Defendendo que, nos próximos dez anos, os setores de Consumo e Retalho vão enfrentar grandes alterações, a EY desenvolveu, a nível global, o programa FutureConsumer.Now, no qual identificou oito tendências sobre as forças que impulsionarão a mudança e transformarão a forma como as empresas criam e capturam valor. São elas:
1.Quando os bots fazem a compra, onde está o seu valor?
A maioria das compras que fazemos exige algum elemento de escolha consciente. Mas, à medida que os bots com inteligência (artificial), os serviços de concierge e os sistemas de smart-home, se tornam mais inteligentes, estes vão realizar muitas dessas transações por nós.
2.Vender produtos ou dar acesso a estilos de vida?
Os consumidores irão pagar para usar ou aceder ao que querem, quando querem. Com a ascensão da ‘economia gig’, o aumento de consumidores nómadas e o crescimento das megacidades, os consumidores do futuro terão menor necessidade de possuir coisas.
3.Quando a saúde é gerida de forma passiva, quão ativas podem ser as marcas?
Os consumidores irão maximizar a sua saúde com o mínimo esforço. Hoje, é preciso pensar e fazer um esforço consciente para levar uma vida saudável. No futuro, a partir do momento em que é criada uma relação de confiança para a partilha de dados (biométricos e outros), a gestão da nossa saúde e bem-estar será ativa e automática.
4.Quando os dados revelam o impacto de todas as refeições, como ajudar os consumidores a fazer melhores escolhas?
Os consumidores saberão tudo sobre de onde vem a comida, como chega ao prato e qual o seu impacto no organismo. Haverá, assim, uma mudança fundamental de "food fiction" para "food fact". O que consideramos ser uma boa refeição mudará, pois a tecnologia blockchain permitirá ter uma cadeia alimentar completamente transparente.
5.Como tornar a tecnologia tão inteligente que se torna invisível?
As tecnologias que utilizamos estão mais interativas e integradas com o nosso dia-a-dia, mas ainda estamos conscientes do que estamos a utilizar. No futuro, teremos menos consciência da tecnologia e muitos dos serviços ou dispositivos nos quais confiamos ficarão invisíveis.
6.Quando a vida é gamificada, onde vão jogar as marcas?
Os consumidores irão otimizar os comportamentos rotineiros através da gamificação, de modo a que o trabalho e o lazer se fundam e ambos se tornem produtivos. Realidades aumentadas e virtuais tornarão interativa uma parte da vida quotidiana, através de conteúdos, media, jogos e entretenimento.
7.Como vai construir uma cultura corporativa, quando não emprega o talento?
Os consumidores da ‘economia gig’ vão encontrar trabalho através de "plataformas cognitivas". O consumidor do futuro desenvolverá uma forma completamente nova de carreira, liderada por uma série de experiências de trabalho ecléticas, que serão combinadas para os ajudar a responder às suas necessidades pessoais, de desenvolvimento e ainda financeiras.
8.Como uma infraestrutura inteligente simplifica o transporte?
Os consumidores irão beneficiar de sistemas de transporte total e perfeitamente integrados. No futuro, o consumidor poderá utilizar serviços de viagem mais interligados e ecológicos. A infraestrutura de transportes adaptar-se-á para reflectir os padrões de viagem dos seus utilizadores.