A tecnologia, como acelerador de mudança, tem potenciado alterações nas áreas de recursos humanos a um ritmo exponencial, tornando-as cada vez mais digitais. Principalmente nos últimos anos, várias áreas de recursos humanos adoptaram ferramentas e mudaram processos em tempo recorde, para poder responder de forma célere aos desafios que a pandemia nos trouxe. Os departamentos de recursos humanos sofreram alterações profundas e rápidas na forma como interagem e personalizam o contacto com o colaborador, disponibilizando soluções para os vários tipos de pedidos cada vez mais rápido, mantendo sempre o foco na satisfação do colaborador.
As plataformas digitais, desenvolvidas com foco nas necessidades diárias e nos desafios que as áreas de recursos humanos enfrentam actualmente, tornam-se nossas aliadas, facilitando a gestão dos processos internos e melhorando a autonomia e a produtividade. A tecnologia pode permitir-nos poupar horas de trabalho que sem as ferramentas adequadas são despendidas em processos puramente manuais, e que podem ser perfeitamente automatizados e robotizados.
Agora, há que avançar para o próximo passo. Utilizando a agilidade que ganhámos, e a capacidade de olhar para os desafios de uma maneira prática, clara e mais profunda, devemos consolidar este papel digital na gestão de pessoas. Devemos usar todo o seu potencial, de modo a permitir que este novo papel transforme a forma como trabalhamos e integre o know-how de várias equipas, mantendo sempre o foco na experiência global dos colaboradores.
Com a tecnologia como aliada, os profissionais de recursos humanos podem fazer a verdadeira diferença na experiência do colaborador, contribuindo de forma significativa para o seu envolvimento, dando resposta a novas preocupações emergentes como o bem-estar e a saúde mental, promovendo a melhoria do ambiente de trabalho e o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Por outro lado, na perspectiva da empresa, com uma área de RH digital pode dar-se destaque à importância da análise dos dados e métricas na condução da tomada de decisões, baseada em factos e em pessoas, na melhoria da comunicação interna entre os níveis de gestão e os restantes colaboradores, e no aumento da produtividade, eficiência e eficácia.
Com o segundo ano de certificação Top Employer, já se torna cada vez mais claro que para acompanharmos a tendência do conjunto de empresas com esta distinção, há que ter também em atenção que os colaboradores esperam cada vez mais da tecnologia com base nas suas próprias experiências individuais como clientes.
Ser Top Employer também é isto. É ser capaz de passar do investimento em soluções rápidas que resolvem a curto-prazo necessidades urgentes, para o investimento assente em soluções alinhadas com os processos de recursos humanos dando resposta às necessidades estratégicas da empresa e assumindo um compromisso com a evolução constante e integrada com os processos de pessoas.
Temos de ser cada vez mais digitais, para darmos lugar e investirmos tempo no que realmente importa e faz a diferença para cada um de nós enquanto colaborador - o contacto humano.