Com base em 150 entrevistas realizadas a gestores de topo, líderes globais, pensadores, autores e académicos, no seu programa de rádio semanal, Maureen Metcalf publicou na Forbes alguns factores que, acredita, irão ajudar os líderes a actualizarem a sua forma de liderar.
1 – Os líderes devem prestar atenção a tendências e previsões.
À medida que a mudança acelera, se usarem uma estratégia de “esperar para ver” serão apanhados desprevenidos. O cruzamento de volatilidade, mudanças na tecnologia e interligação global significa que existem ameaças e oportunidades em todas as frentes e um grande conjunto de organizações prontas a aproveitarem ambas. A velocidade continua a ser importante.
2 – Os líderes e as suas organizações estão a tornar-se mais ágeis.
Estudos indicam que a mudança é estimulada por equipas pequenas e multidisciplinares de organizações ágeis, que conseguem responder rápida e prontamente às oportunidades e exigências dos clientes. Como líder, é importante adoptar uma mentalidade e uma cultura flexível, o que significa prestar atenção a tendências e identificar pequenas “experiências” que podem ser feitas para estar a par ou até à frente das mudanças à sua volta. Assim que compreendemos o que funciona e como, devemos estar à frente dessa mudança. As empresas verdadeiramente ágeis estão sempre a fazer experiências.
3 – As organizações e as suas pessoas devem acelerar a aprendizagem.
Com o aumento da agilidade, pessoas e organizações terão de acelerar a aprendizagem. Vejamos, por exemplo, como as organizações estão a automatizar mais trabalho. Os colaboradores que continuam a aprender e a actualizar as suas competências conseguirão encontrar novos cargos, enquanto os outros que estão parados ficarão desempregados ou subaproveitados à medida que os seus cargos diminuem.
4 – A faixa etária da força de trabalho continuará a expandir-se.
À medida que a esperança de vida aumenta, muitas pessoas desejarão e terão de trabalhar mais anos. As organizações precisarão de encontrar formas de atrair e envolver os colaboradores mais velhos. Também sentirão a necessidade de abordar as dinâmicas criadas quando várias gerações de colaboradores trabalham juntas na mesma equipa. Com a diminuição da senioridade por idade, a liderança será ocupada pela melhor pessoa para o cargo e mudará frequentemente num ambiente ágil.
5 – Os líderes precisam cada vez mais de identificar e desenvolver talento.
Para além dos já referidos colaboradores mais velhos, as organizações devem também encontrar formas de envolver o talento por vezes ignorado, como por exemplo pessoas com incapacidades que podem, na verdade, ser as certas para determinados cargos, ou adultos que trabalham a partir de casa porque são cuidadores de crianças ou de idosos.
6 – O engagement dos colaboradores continuará a ser importante em tempos voláteis.
A importância da interacção humana continuará a aumentar à medida que mais pessoas trabalham remotamente – e muitas raramente, ou nunca, se encontram com os colegas. Líderes e organizações precisam de se concentrar nas soft skills e na inteligência emocional que têm um forte impacto no engagement e no esforço que os colaboradores fazem a comunicar.
7 – As comunidades precisam de se reunir para resolver questões económicas e sobre a qualidade de vida.
Com este nível de mudança, alguns segmentos da economia podem facilmente ser excluídos da força de trabalho. A diferença entre os que têm poder económico (com instrução, acesso e recursos) e os que não têm, pode aumentar, e o custo pode ser significativo para indivíduos, famílias e negócios que sofrerão o impacto da falta de colaboradores. Organizações que normalmente competem por recursos e clientes precisam de trabalhar em conjunto para resolverem desafios que os influenciam.
8 – Os líderes eficazes têm noção do seu impacto numa vasta gama de factores e stakeholders.
Quando falamos de capitalismo consciente, a ideia principal é que as organizações “conscientes” cuidem da saúde de uma vasta gama de stakeholders. Torna-se cada vez mais importante prestar atenção às necessidades de diferentes stakeholders e equilibrar essas exigências.
Resumindo, os negócios estão a ficar mais complexos e exigem que os líderes actualizem continuamente as suas competências, assim como a sua mentalidade e enfoque. Como líderes, o que estão a fazer para se prepararem, e à vossa organização, de forma a terem sucesso nos próximos quatro anos?