Atualmente, recrutar é um desafio cada vez maior para as empresas e as equipas de Recursos Humanos precisam ser cada vez mais criativas. George Lessmeister, CEO e fundador da LGC Hospitality, idêntica, no site HRDive, algumas tendências de recrutamento, tendo por base a realidade norte-americana. Destacamos aqui seis.
Contratação de imigrantes
Num ano normal, os EUA acolhem cerca de um milhão de imigrantes, e cerca de três quartos deles acabam por participar na força de trabalho. Em 2020, com as fronteiras fechadas devido à COVID-19, o número baixou para cerca de 263 mil. As indústrias com escassez de mão-de-obra incluem atualmente a hospitalidade e o armazenamento. Tradicionalmente, 21% dos imigrantes aceitam empregos em ambos esses sectores. Com a reabertura das fronteiras dos EUA pós-pandemia, vamos acolher estes candidatos a emprego enquanto observamos e esperamos para ver o impacto nestes sectores.
Enfoque na experiência dos trabalhadores
Os líderes empresariais inteligentes irão concentrar-se no colaborador e na sua experiência no local de trabalho. Há quantos anos é que as empresas fazem sondagens de opinião aos colaboradores, com resultados que dizem o que estes querem ouvir, mas depois o feedback é ignorado? Os executivos de topo inteligentes irão ouvir e responder rapidamente às ideias, feedback e pedidos dos colaboradores.
Os trabalhadores têm muitas escolhas. Muitas vezes, os seus pedidos são pequenos. Nenhum email depois das 17 horas, por exemplo. São estas pequenas coisas que fazem a diferença na retenção de talentos.
Valorizar o upskilling dos colaboradores
A principal razão por que as pessoas deixam um emprego é o seu chefe. De facto, dois terços afirmam que o seu chefe não tem as habilitações adequadas, de acordo com um estudo a dois mil colaboradores da Predictive Index. Contudo, há um lado positivo. Segundo o relatório do Fórum Económico Mundial, uma grande maioria dos empregadores reconhece o valor do investimento em capital humano:
- Há uma nova ênfase em cursos de desenvolvimento pessoal, com um crescimento de 88%.
- Os empregadores tencionam oferecer reskilling e upskilling a cerca de 70% dos colaboradores nos próximos três anos.
- E uma média de 66% dos empregadores inquiridos espera obter um retorno do investimento em reskilling e upskilling no prazo de um ano.
Novo enfoque no talento interno
Um inquérito recente da Gartner a 550 líderes de Recursos Humanos demonstra que uma das suas áreas de enfoque é a força da liderança atual e futura (45%). Pode parecer estranho que o líder de uma empresa de recrutamento assinale que as equipas de Recursos Humanos devem concentrar-se nos talentos internos. Não é. Manter os colaboradores empenhados e investir no seu talento deve ser uma prioridade. E os trabalhadores temporários também podem ser uma reserva de talentos para projetos de clientes. O enfoque das empresas no talento que tem à disposição é fundamental.
Encontrar competências transversais
Ouvimos frequentemente que devemos “contratar para a cultura”. Isso nunca foi tão verdadeiro. De acordo com um recente inquérito LinkedIn Global Talent Trends, 92% dos profissionais de contratação e talento afirmaram ser “cada vez mais importante” contratar candidatos com competências transversais bem desenvolvidas, principalmente no local de trabalho em mudança dos dias de hoje. No mesmo inquérito, 89% afirmaram que as más contratações “têm normalmente más competências transversais”. Competências transversais sólidas podem aumentar tanto a retenção como a produtividade, ambas fundamentais para as operações empresariais num mercado em que é difícil encontrar novos colaboradores.
Definir flexibilidade
Esta tendência começou no ano passado, e está aqui para ficar à medida que se torna mais claro o que pode e o que não pode ser oferecido. O líder empresarial tradicional com um escritório está a tentar descobrir como definir trabalho flexível — híbrido, remoto, semanas de trabalho de quatro dias. As empresas voltadas para o cliente, incluindo o comércio e a hospitalidade, descobriram como fazê-lo funcionar para as suas equipas, visto que os horários tradicionais exigiam fins-de-semana e noites.