Este mês estivemos à conversa com Sara Baía, Human Resources Business Partner da Kuehne+Nagel. Partilhou que o que a mais apaixona nesta área é a missão de construir um lugar para trabalhar que combine as necessidades tanto dos talentos como as da empresa. Nesta entrevista, revelou-nos os temas que considera prioritários na Gestão de Pessoas e quais as competências que acha que devem ser mais valorizadas atualmente.
Entrevista a Sara Baía, Human Resources Business Partner da Kuehne+Nagel
O que mais a apaixona na área em que está?
O que mais me apaixona na área de pessoas é sem dúvida a missão de construir um lugar para trabalhar que combine as necessidades das pessoas com as da empresa, precisamente porque se por um lado parece um clichê e diria até um pouco utópico, por outro faz desta missão um caminho a percorrer sempre com novos desafios e estímulos.
Se não tivesse a profissão que tem hoje, o que se imagina a fazer profissionalmente? Gostava de explorar outra área ou setor?
É uma pergunta algo difícil de responder porque demorei algum tempo até ter a certeza que era na área da gestão de pessoas que queria trabalhar. Por outro lado é uma área tão ampla que há sempre margem para explorar e trabalhar novas temáticas dentro do que é a gestão de pessoas.
Quais são os temas que considera prioritários na Gestão de Pessoas da Kuehne + Nagel?
Atualmente diria que a nossa comunicação interna e trabalhar as lideranças intermédias de forma a que estejam mais bem adaptadas ao que são as exigências atuais ao nível da gestão de pessoas e equipas.
Quais são as competências que acha que devem ser mais valorizadas nos dias de hoje?
O auto conhecimento, o pensamento crítico, a criatividade, o saber desaprender e reaprender e a capacidade de adaptação.
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oiça aquiDesde o início da sua carreira até aos dias de hoje, o que acha que mudou mais?
Mudaram as pessoas enquanto colaboradoras. Atualmente as pessoas são muito mais conscientes do seu valor e do seu impacto no funcionamento das empresas o que faz com que também sejam mais exigentes e tenham expectativas mais elevadas sobre o que esperam como retorno do seu trabalho e das empresas onde trabalham. Isto fez com que as empresas por seu lado também tivessem que evoluir, principalmente no que respeita à área da gestão de pessoas, tornando esta área muito mais desafiante mas também realçando a sua importância na gestão e definição da estratégia de uma organização.
Segundo a última edição do estudo Randstad Employer Brand Research, a importância da requalificação tem uma grande importância para 83% dos trabalhadores portugueses. Como é que a Kuehne + Nagel apoia o desenvolvimento profissional das suas pessoas? Têm alguns programas internos para promover esse desenvolvimento?
Na Kuehne+Nagel o desenvolvimento das pessoas é um pilar fundamental. Não só natural pelo facto de sermos uma multinacional com uma dimensão considerável onde as mudanças são constantes mas também por percebermos que precisamos de dotar as nossas pessoas das melhores ferramentas e conhecimento para que assim entreguem valor aos nossos Clientes. Tudo isto se conjuga e traduz-se numa cultura de aprendizagem forte que se materializa em plataformas internas onde disponibilizamos recursos variados de e-learning, uma oferta variada ao nível de programas de desenvolvimento de soft skils nos vários níveis de liderança, oferta também de um programa específico dentro do que é o nosso core business, programas para desenvolvimento de talentos internos promovendo assim não só o desenvolvimento pessoal e profissional da pessoa como dando visibilidade e oportunidade de avaliar novas oportunidades para essas pessoas e por fim, cada liderança, tem sempre a possibilidade de propor formações específicas e individualizadas, à medida, de cada pessoa com vista ao seu desenvolvimento ou requalificação quando necessário. Usualmente também apoiamos monetariamente as nossas pessoas que decidem abraçar um novo desafio que lhe confira um grau académico.
Dentro da vossa estratégia de recrutamento, recorrem a empresas especializadas? Porquê?
Aqui em Portugal não tem sido prática. A empresa tem, globalmente, um Talent Sourcing Center com equipas dedicadas que nos garantem a eficácia dos nossos processos de recrutamento. Essa equipa, eles sim, têm dentro do que é a sua estratégia, planeados e selecionados providers externos a quem recorrem quando necessário. Paralelamente a Kuehne+Nagel Portugal tem vivido momentos de muita tranquilidade e com raras necessidades de recrutamento.
Como se descreve, para lá da profissional que é?
Para além do meu lado de profissional, e que vai para além do meu trabalho na Kuehne+Nagel já que gosto de me envolver em projetos diversos, sou mãe, esposa, amiga, estudante e muito ligada também ao associativismo. Pertenço a algumas associações que me permitem, quero acreditar, ter algum impacto na minha comunidade e isso é muito importante para mim. Gosto de diversificar a forma como invisto o meu tempo, gosto de aprender e gosto, apesar de ser introvertida, de estar e conhecer novas pessoas.