A Delta Cafés foi considerada a empresa mais atrativa para trabalhar em Portugal pelo Randstad Employer Brand Research 2022. Recebe esta distinção pelo segundo ano consecutivo. Farfetch e Bosch completam o pódio.

 

O Top 20 das empresas os sectores mais atrativos para trabalhar em Portugal, bem como as conclusões do estudo Employer Brand Research 2022, foram conhecidos ontem, no espaço La Distillerie, em Lisboa.

A Delta Cafés foi eleita a empresa mais atrativa para trabalhar pelo segundo ano consecutivo. E a Farfetch e a Bosch entraram para o top 3, com uma subida de 8 e 15 lugares, respetivamente.

Em relação aos sectores de atividade, destaca-se este ano o da Saúde como sendo considerado o mais atrativo para trabalhar, de acordo com a opinião dos portugueses. O das Tecnologias de Informação (TI) passa para o segundo lugar e o sector Automóvel passa a ocupar o top 3 dos sectores mais atrativos para trabalhar, representando um crescimento de cinco posições face ao ano anterior.

Em jeito de comentário aos resultados deste ano, José Miguel Leonardo, CEO da Randstad Portugal salienta: «Os últimos anos fizeram com que as pessoas colocassem em perspetiva a sua vida e passassem a olhar para o emprego com outros olhos, e os resultados deste ano são já reflexo do efeito que os últimos eventos a nível económico e social tiveram em todos nós, dando destaque a marcas que se mostraram muito ativas e próximas dos seus colaboradores, como é o caso da Delta Cafés. Este resultado e este estudo de uma maneira geral, só vem reforçar a importância do employer brand na atração e retenção de talento.»

Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro - Delta Cafés, comentou a distinção: «É com grande orgulho e satisfação que vejo, uma vez mais, reconhecido os nossos esforços e investimento na valorização das nossas pessoas. O Grupo Nabeiro – Delta Cafés rege-se desde sempre por valores sólidos e princípios humanos, assente numa política de proximidade com os colaboradores. Somos feitos de pessoas e para pessoas. Valorizamos os nossos colaboradores e apostamos na sua formação e no seu desenvolvimento contínuo.»

 

A lista completa do top 20 das empresas mais atrativas para trabalhar em Portugal fica assim ordenada: 

 

1 - Delta Cafés

2 - Farfetch

3 - Bosch

4 - Nestlé

5- Hovione

6 - Siemens

7 - Banco de Portugal

8 - RTP - Rádio e Televisão de Portugal

9 - The Navigator Company

10 - Volkswagen Group Services

11 - OGMA - indústria aeronáutica de Portugal

12 - Fujitsu Technology Solutions

13 - Ikea Portugal

14 - JOAQUIM CHAVES SAÚDE

15 - Volkswagen Autoeuropa

16 - Hospital da Luz

17 - Nokia

18 - Sumol+Compal

19 - PSA Peugeot Citroën

20 - Pestana Hotel Group

 

Top 10 dos sectores mais atrativos para trabalhar

1 - saúde

2 - IT, consultoria e telecomunicações

3 - automóvel

4 - turismo, desporto e entretenimento

5 - FMCG e indústria alimentar

6 - banca e serviços financeiros

7 - indústria

8 - aviação

9 - customer care e shared services

10 – serviços



 

As principais conclusões do estudo

Ontem, foram igualmente apresentados os resultados do Randstad Employer Brand Research (REBR) 2022, o maior estudo independente de employer branding realizado pela Kantar, que analisa anualmente as principais tendências do mercado de trabalho e dá a conhecer as empresas e setores mais atrativos para trabalhar em 31 países, incluindo Portugal.

Dos resultados deste ano, destacam-se, entre os fatores mais valorizados numa empresa por quem procura emprego, o salário e benefícios (72%), mas também, o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal (67%) e o bom ambiente de trabalho (67%). De salientar que, em 2022, estes fatores assumem ainda maior preponderância do que o ano passado (salário e benefícios - 71%; equilíbrio vida profissional e pessoal - 66%; e bom ambiente de trabalho - 65%).

A conciliação profissional continua como principal critério na decisão de emprego para os portugueses, um valor em linha com a média europeia, lado a lado com o critério do ambiente de trabalho, que ganha maior importância este ano.

Concretizando os benefícios que os portugueses mais gostariam que o seu empregador lhes oferecesse, para valorizar o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, destacam-se os acordos de trabalho flexíveis (48%) e oportunidades de progressão na carreira (47%). Para 89% dos inquiridos, é também considerado muito importante que a empresa onde trabalham lhes ofereça oportunidades de upskilling e reskilling. 

Em Portugal, 81% dos portugueses considera muito importante adquirir novas competências para desenvolver a sua carreira, uma média muito superior à europeia (59%).

José Miguel Leonardo, CEO da Randstad Portugal, faz notar a este propósito que «a rápida transformação digital acelerou o risco das competências atuais se tornarem obsoletas. Os profissionais têm o desafio de se reinventarem num mercado de trabalho em constante mudança e as empresas devem ter isto em consideração.»

O estudo revela ainda que o trabalho tornou-se mais importante para um em cada três trabalhadores portugueses (33%), principalmente na faixa etária mais jovem, dos 18 aos 24 anos, para a qual a importância do seu trabalho aumentou nos últimos 12 meses (50%). Por outro lado, verifica-se que os inquiridos com maiores habilitações literárias dão agora menor importância à carreira (23%).

Apesar da progressão na carreira ser um fator importante para 81% dos portugueses, este critério assume uma maior relevância para a geração mais nova (18-34 anos: 85%) e com maiores habilitações literárias (84%).

 

A importância do trabalho remoto e as diferenças geracionais

Segundo o Randstad Employer Brand Research deste ano, o trabalho remoto diminuiu de 52% em 2021 para 38% em 2022. São principalmente as mulheres (40%) e aqueles com maiores habilitações literárias (48%) que trabalham a partir de casa. Para 32% dos colaboradores portugueses, trabalhar remotamente é impossível ou não permitido. Daqueles que atualmente trabalham apenas remotamente (23%), menos de metade (41%) espera assim continuar no futuro.

De fazer notar que que um em cada cinco portugueses (26%) pretende mudar de emprego este ano, uma tendência crescente em relação a 2021 (20%). São principalmente as mulheres (28%), os menores de 35 anos (31%) e os inquiridos com maiores habilitações literárias (28%) que demonstram esta intenção.

No último semestre de 2021, 13% dos trabalhadores portugueses mudaram de empregador – um aumento em relação ao ano passado (9%) –, uma realidade que se nota sobretudo nas faixas etárias mais jovens

A forma como as diferentes gerações olham para o emprego muda, o que traz desafios acrescidos para as empresas. Em todas as gerações surge um empate entre os critérios da conciliação vida profissional vida pessoal e do ambiente de trabalho com a geração z e x a valorizarem mais a conciliação vida profissional vida pessoal enquanto que os millenials apostam mais no ambiente de trabalho. Curioso é como o critério da possibilidade de trabalhar remotamente, a partir de casa é menos valorizado para as faixas etárias mais jovens, abaixo dos 25 anos e a progressão de carreira muito mais valorizada nas gerações abaixo dos 35 anos. 

Sobre a importância do Employer Branding – e deste estudo –, o CEO da Randstad Portugal faz notar que, «em alturas de escassez de talento, é importante olhar para o que os talentos mais valorizam e de que forma podem as empresas desenvolver estratégias que sejam capazes de responder às suas necessidades.  No entanto, não podemos deixar de salientar que uma estratégia de employer brand não se constrói de um dia para o outro, tem por base uma relação de confiança ,e por isso, é algo que deve ser cada vez mais estratégico dentro das organizações, para ter efeitos reais na atração e retenção de talento», defende.

O Randstad Employer Brand Research é um estudo independente, que se realiza pelo 7.º ano consecutivo, para analisar a perceção da população em relação aos 150 maiores empregadores de 31 países. Em Portugal, o inquérito foi realizado online em Janeiro de 2022, a 4.997 indivíduos (profissionais ativos, desempregados e estudantes), com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. A maioria dos participantes é residente em Lisboa (38%), seguindo-se a região Norte (34%) e o Centro (18%) do país.