O que mais pesa na escolha de onde trabalhar?
O Randstad Employer Brand Research 2021, maior estudo realizado neste âmbito, a nível mundial, revelou o que os profissionais mais valorizam na decisão de emprego, destacando um fator que ganhou relevância face ao ano anterior.
Segundo os especialistas, o mundo do trabalho mudou para sempre com a pandemia de COVID-19, não apenas devido às novas regras ou ao teletrabalho, mas porque a relação com as empresas, a conciliação, as competências digitais, o medo de ir trabalhar e a confiança se tornaram algumas das dimensões de uma profunda transformação global.
Foi neste contexto que a Randstad apresentou os resultados do seu estudo Randstad Employer Brand Research 2021. É o sexto ano consecutivo em que é realizado este estudo, que analisa a percepção de 185.000 participantes da população ativa em relação aos 150 grandes empregadores de 34 países, incluindo Portugal. Só no nosso país, foram inquiridas mais de 5.000 pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos, durante o mês de Janeiro.
O questionário aborda três grandes áreas:
- os fatores de decisão de emprego;
- as empresas que o inquirido conhece e quais as que gostaria mais de trabalhar;
- a percepção das empresas que conhece enquanto entidades empregadoras.
Inês Veloso, directora de Marketing e Comunicação da Randstad Portugal, explica que esta metodologia tem o objectivo de «garantir que nos focamos na atractividade e não no reconhecimento de marca. Temos, muitas vezes, empresas que não são muito reconhecidas e aparecem como as mais atrativas para trabalhar.»~
O estudo indica que os cinco critérios mais importantes para a escolha de uma empresa para trabalhar são, atualmente:
- o salário e os benefícios (71%);
- a conciliação entre a vida pessoal e profissional (66%);
- a estabilidade profissional (66%);
- o bom ambiente de trabalho (65%):
- a progressão de carreira (64%)
Nesta lista, destaca-se a subida do critério da estabilidade profissional face ao ano passado.
De referir ainda que este ano foram adicionados dois critérios à lista total apresentada aos inquiridos: COVID-19 segurança no trabalho (49%) e a possibilidade de trabalhar em casa (41%). Estes critérios ocupam, respetivamente, o oitavo e o nono lugar do ranking de critérios de decisão de uma empresa para trabalhar.
A diversidade e inclusão está em 13º lugar nos critérios mais valorizados pelos portugueses. Um número que é mais representativo por causa das mulheres (43% face aos 34% dos homens). Mas este não é o único critério que as mulheres valorizam mais do que os homens: conciliação entre a vida pessoal e profissional (70% vs 63%), bom ambiente de trabalho (69% vs 61%) e covid-19 segurança no trabalho (53% vs 45%) são os critérios onde existem maiores diferenças.
Em sentido contrário, a saúde financeira, a utilização de tecnologias recentes e a boa reputação são fatores mais valorizados pelos homens.
As gerações também têm diferentes opiniões. A conciliação entre a vida pessoal e profissional ganha destaque na geração millenial e X, enquanto os Z valorizam o ambiente de trabalho e a progressão de carreira. Na relação com tecnologias recentes é interessante verificar que são os baby boomers que mais valorizam este critério, enquanto as gerações nativas digitais não dão tanta importância a este critério.
Segundo o estudo, a estabilidade profissional preocupa quem tem mais qualificações, os mesmos que valorizam a progressão de carreira, a possibilidade de trabalhar remoto e a conciliação entre a vida pessoal e profissional. As pessoas com menores qualificações destacam os salários e a estabilidade profissional.
Para conhecer os principais resultados do Randstad Employer Brand Research 2021, veja o vídeo na íntegra.