Março começou com o debate sobre “fake news” no parlamento e embora tenha estado envolvido em entendimentos e desentimentos políticos existe uma urgência de controlar os novos editores de notícias, de limitar aquilo que cada um de nós pode dizer e partilhar nas redes sociais. As verdades que não o são mas com impactos muito reais.
Os exemplos atropelam-se quer se trate dos coletes amarelos em França que foram inundadas por notícias falsas ou o caso de Bolsonaro, o presidente que usa conteúdo manipulado para acusar jornalistas de parcialidade no escândalo de lavagem de dinheiro que envolve o seu filho mais velho.
Por cá os exemplos também existem e os programas que os tentam desmascarar começam a surgir. Entre modelos de grande reportagem ou até na assertividade do polígrafo que assume claramente o que é verdadeiro ou falso.
No online a Google abriu guerra à desinformação e só em janeiro bloqueou a publicidade a 244 contas de utilizadores baseados em Portugal, por violarem as regras de informação falsa definidas pelo motor de busca. Ainda que nem todos os bloqueios possam ser de fake news, estes números dão uma visão da dimensão que o fenómeno pode já ter.
Às empresas cabe o papel de garantir a transparência da sua comunicação, interna e externa. Ter referências que sustentem afirmações e limitar a propagação destes rumores, não permitindo que as fake news possam ser considerados instrumentos de arremesso nas guerras com a concorrência ou elementos de pressão a terceiros.
Aos líderes pede-se e exige-se ética, deixando de plantar palavras e viralizar o que não é facto. E se for imperativo, que sim, que se legisle e mais do que isso que se fiscalize e penalize quem destroí a reputação e causa danos reais com aquilo que é falso, com as fake news.
veja este vídeo aqui
(ler no diário de notícias, ler no dn, ler no dn e ler no dn)
Depois do sofrimento nos anos de crise o setor da construção ganhou novo fôlego.
De 2015 até 2017 recuperou 55 mil empregos. Mas no ano passado voltou a perder mais de 14 mil trabalhadores, apesar do aumento dos projetos.
Estes números lançam dúvidas e de acordo com a associação do sector há efetivamente uma fuga dos profissionais para áreas como o turismo mas há um claro aumento da clandestinidade. Em paralelo os perfis mais técnicos, como eletricistas e carpinteiros rumam para outras zonas da europa com salários mais atrativos.
Se considerarmos os grande projetos de construção previstos, que vão além do imobiliário e que incluem por exemplo o novo aeroporto, é fácil de compreender que quando dizemos que as pessoas devem fazer parte de qualquer plano estratégico, devem mesmo fazer.
Precisamos de ter uma estratégia de atração e retenção de talento, que não se cinja a funções de topo ou ligadas à tecnologia, mas que aprofunde por sector as necessidades do mesmo. Uma estratégia que não tem de ser born in Portugal, mas que tem de estar focada em pessoas e compreender os fluxos de migração existentes.
E o setor da construção não está sozinho nesta necessidade. A agricultura, a hotelaria, a restauração são mais alguns exemplo que exigem essa mesma estratégia. Porque a cada dia que passa permite-se a criação de situações precárias de trabalho, ilegalidades e uma desproteção total do trabalhador. É preciso olhar para os desempregados e compreender o que podemos fazer em termos de reconversão de competências, é necessário olhar também para a atratividade das funções que hoje temos e compreender como retemos os talentos e encontrar uma proposta de valor para que os fluxos migratórios de talento encontrem destino no nosso país.
Na verdade o que precisamos é de uma estratégia de employer branding para Portugal. Uma estratégia de atração e retenção de talento, com propostas de valor claras que estejam associadas à palavra Portugal. Temos de compreender o que move as pessoas e o que as leva a decidir por A em detrimento de B.
E foi este mês também que trouxemos a público os resultados do Randstad Employer Brand Research 2019. Um estudo com 4 anos de história no nosso país e que começou por consciencializar o nosso tecido empresarial para a necessidade de terem a sua estratégia de employer branding, os seus EVP, employer value proposition, as suas propostas de valor.
Agora queremos ir mais longe, num mundo que é cada vez mais global, o que vale o local na decisão? quanto vale o nosso país num CV? O que é trabalhar na mesma empresa mas em Lisboa em vez de Londres? e mais do que saber o que somos, é o que queremos ser, como podemos todos contribuir para que o nosso país seja atrativo.
E o Randstad Employer Brand Research ajuda a guiar esta resposta, contribui como uma ferramenta para esta estratégia ao analisar o que move a população ativa em 32 países, que representam cerca de 75% da economia mundial.
Em Portugal voltamos a ver o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional como o principal critério, em especial se nos focarmos nos millennials. O ambiente de trabalho e a estabilidade profissional ocupam os lugares seguintes. Se nos focarmos nos setores vemos o da energia a ganhar destaque em termos de atratividade, muito embora no top 20 de atratividade as empresas especializadas neste sector não ocupam lugar no ranking.
O salário não é esquecido, e na verdade é o que move as pessoas e as leva a sair de um emprego, mas este não é um EVP, mas sim um elemento higiénico a considerar em qualquer relação laboral.
O Randstad Employer Brand Research 2019 tem ainda mais para contar sobre o que move o talento e convido a que conheçam o estudo no nosso site e confirmem se a vossa empresa está nesta lista, para que tenham uma análise mais profunda sobre a mesma. Quanto a Portugal, fica o convite para a conferência que vamos realizar em junho sobre o valor da marca Portugal para a atração e retenção de talento.
veja este vídeo aqui
(Ler no dinheiro vivo ,ler no dinheiro vivo e ler no dinheiro vivo)
Nota positiva para o acesso aos transportes públicos e ao efeito de contágio, haja equipamentos para todos. Um primeiro passo na acessibilidade, mas que não ficou por aqui. Até ao final de junho, uma equipa com 13 elementos terá de apresentar uma avaliação das modificações legais necessárias a introdução da condução autónoma em Portugal.
(Ler no dinheiro vivo e ler no dinheiro vivo)
Família é a palavra chave do mês de março, seja pela importância do tema da conciliação, seja porque muito se falou dos laços de sangue como meio de nomeação em detrimento da meritocracia. Falou-se ainda este mês das famílias que são cada vez menos numerosas e que uma vez mais são um risco para a economia, poderá inclusivamente este ser um tema bandeira da campanha para as eleições europeias.
veja este vídeo aqui