A Randstad esteve na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e questionou os estudantes quanto às suas expectativas profissionais. A principal conclusão é a de que a maior parte dos futuros profissionais jurídicos pretende fazer agregação à Ordem dos Advogados (93%) e 47% quer exercer a função numa sociedade de advogados.
Mas a complexidade do mercado jurídico exige não só compreender as expectativas como também as motivações. Qual é afinal o perfil do futuro profissional da área? Existe um match, que não surpreende, entre a futura geração de advogados e aquela que é a nova vaga de profissionais que irá povoar o mundo empresarial nos próximos anos.
São também estes os principais drivers de motivação dos estudantes de Direito. A progressão de carreira e a remuneração são factores importantes na escolha de uma oportunidade profissional, sobrepondo-se sem surpresa à estabilidade profissional, que é cada vez menos importante num perfil de colaborador que se revê menos numa empresa a longo prazo e que procura muito mais a valorização e o enriquecimento das capacidades, ainda que isso exija uma maior mobilidade. Esta tendência é igualmente perceptível quando se questiona quais os factores mais importantes na escolha de uma sociedade de advogados para estagiar, sendo que a “perspectiva de continuidade profissional” é factor de menor peso.
A necessidade de valorização profissional é considerada da mesma forma nas perspectivas salariais: quando questionados sobre remuneração em fase de estágio, poucos admitem ser remunerados abaixo do salário mínimo nacional e uma percentagem considerável (27%) espera ser recompensada acima dos 800€.
Por fim, a escolha da área de actuação é moldada por tendências sociais do mercado de trabalho, como a liberalização empresarial e incentivo ao empreendedorismo: a intermediação das relações jurídicas, o Direito Societário e Comercial é a área de prática preferencial, com 37% de preferência por parte dos alunos, seguida do Direito Laboral (20%).