A Randstad acaba de lançar mais uma edição do estudo Randstad Employer Brand Research 2024. O Randstad Employer Brand Research é o maior estudo independente que analisa a percepção da população ativa em relação aos 150 maiores empregadores em 32 países diferentes, que cobrem mais de 75% da economia mundial.
Em Portugal vai já na sua 9ª edição e, este ano contou com a participação de quase 5 000 profissionais em Portugal de todas as faixas etárias, com diferentes qualificações, bem como por estudantes, pessoas empregadas e desempregados.
Com base nestas respostas é possível determinar a atratividade de uma empresa enquanto marca empregadora bem como quais os setores mais atrativos e critérios mais relevantes numa decisão de emprego.
Este ano, a Microsoft volta a figurar neste ranking como a empresa mais atrativa para trabalhar, o que tinha já acontecido em 2023. Neste pódio, segue-se a OGMA- Indústria Aeronáutica de Portugal e a Delta Cafés, que esteve também no ano passado destacada como uma das três melhores empresas para trabalhar em Portugal.
A concluir o top 10 das empresas mais atrativas estão a Hovione, a Nestlé, a Bosch, a RTP, os Hotéis Real, a ANA- Aeroportos de Portugal e o Banco de Portugal. Relativamente aos setores, é a área da saúde aquela que se destaca como sendo a mais atrativa para trabalhar, seguindo-se os setores do turismo, desporto e entretenimento, aviaçãoe indústria. A análise revela que a atratividade do setor da saúde poderá ter sido impulsionado pela Hovione, que é uma empresa top 4 em Portugal e que as diferenças na atratividade entre as restantes indústrias são mínimas.
“Acreditamos que esta é uma análise muito importante, pois reflete a atratividade de uma empresa enquanto marca empregadora. Além disso, numa altura em que tanto se fala de escassez de talento, saber aquilo que é mais valorizado pelos profissionais numa decisão de emprego é determinante para conseguir construir uma estratégia de atração e retenção. Queremos felicitar todas as empresas que se destacaram este ano e que demonstram o quão importante continua a ser apostar no seu employer branding, comenta Raul Neto, CEO da Randstad Portugal.
Salário e benefícios, work-life balance e ambiente de trabalho como os critérios mais importantes numa decisão de emprego
O fator salarial continua a ser o mais relevante para os profissionais, mas o grau de importância dado aos outros critérios tem vindo a crescer nos últimos 3 anos. Os 5 critérios mais importantes na escolha de um empregador são:
1. salário e benefícios - 73%
2. equilíbrio vida pessoal-vida profissional - 66%
3. ambiente de trabalho - 65%
4. progressão de carreira - 61%
5. segurança do emprego - 59%
Vimos que são as mulheres quem dá maior importância ao ambiente de trabalho’, tal como os profissionais com níveis de educação mais elevados. Por sua vez, e se olharmos para aquilo que as diferentes gerações valorizam, vimos que o top 3 se mantém, com exceção dos baby boomers que colocam em pé de igualdade o ambiente de trabalho e equilíbrio vida pessoal-vida profissional no segundo lugar.
Remuneração demasiado baixa permanece como principal motivo para procura de novo emprego
Embora a taxa de turnover e o desejo de mudar de emprego se mantenham estáveis comparativamente ao ano anterior (13% e 25%, respetivamente), a remuneração demasiado baixa (54%), seguido do objetivo de melhorar equilíbrio entre vida pessoal e profissional (42%) e a falta de oportunidades de desenvolvimento(40%) são os três principais motivadores para procurar novo desafio profissional, segundo a análise Randstad.
Esta vontade de mudar é maior nas gerações mais jovens, com os profissionais da geração Z a serem simultaneamente aqueles que mudaram mais de emprego no último ano e os que planeiam mudar no próximo.
De salientar ainda que um quinto dos trabalhadores considera que não lhe são dadas oportunidades de desenvolvimento suficientes, o que, num mercado de trabalho em crise, resulta numa maior tendência para abandonar o empregador (43%) face aos que têm oportunidades suficientes (15%). A análise revela que ainda ter oportunidades de qualificação e requalificação é mportante para uma grande maioria dos trabalhadores portugueses (83%).
Teletrabalho, sobretudo modalidade híbrida, volta a aumentar
O estudo mostra que um terço da força de trabalho continua a trabalhar (parcialmente) a partir de casa, o que demonstra a tendência do trabalho remoto em ambiente profissional. Dos colaboradores com formação superior, 2 em cada 5 trabalham à distância, o que contrasta com a população com menos qualificações, em que menos de um em cada dez trabalha à distância.
Os empregadores portugueses têm margem para melhorar em termos de equidade
A importância dada à equidade tem vindo a aumentar e está neste momento no top 6 como critério mais importante na escolha de um empregador. A verdade é que menos de metade dos trabalhadores considera que o seu empregador corresponde às suas expectativas no que diz respeito à equidade. Os trabalhadores da Geração Z também afirmam mais frequentemente ter enfrentado tais obstáculos (em parte porque também afirmam mais frequentemente pertencer a uma minoria).
A lista completa do top-20 das empresas mais atrativas para trabalhar é a seguinte:
- Microsoft
- OGMA- indústria aeronáutica de Portugal
- Delta Cafés
- Hovione
- Nestlé
- Bosch
- RTP- Rádio e Televisão de Portugal
- Hotéis Real
- ANA- Aeroportos de Portugal
- Banco de Portugal
- Siemens
- IKEA Portugal
- Caixa Geral de Depósitos
- Lusíadas Saúde
- Volkswagen Group Services
- TAP- Transportes Aéreos Portugueses
- Capgemini
- Fujitsu
- Corticeira Amorim
- The Navigator Company
A lista completa das empresas mais atrativas para trabalhar por setor é a seguinte:
setor da saúde
1-Hovione
2- Lusíadas Saúde
3- Hospital da Luz
setor do turismo, desporto e entretenimento
- RTP - Rádio e Televisão de Portugal
- Hoteís Real
- Pestana Group
setor da aviação
1- OGMA - indústria aeronáutica de Portugal
2- ANA- Aeorportos de Portugal
3- TAP - Transportes Aéreos Portugueses
setor da indústria
1- Bosch
2- IKEA Industry
3- Corticeira Amorim
setor da banca e serviços financeiros
1- Banco de Portugal
2- Caixa Geral de Depósitos
3- Santander
setor de it e consultoria
1- Microsoft
2- Siemens
3- Capgemini
setor das telecomunicações
1- vodafone
2- meo/altice
3- nos comunicações
setor automóvel
1- Volkswagen Autoeuropa
2- Grupo Salvador Caetano
2- APTVIV (Delphi)
setor fmcg e indústria alimentar
1- Delta Cafés
2- Nestlé
3- Sumol+Compal
setor têxtil e indústria do calçado
1- Gabor Portugal- indústria de calçado
2- Ecco
3- Riopele
Setor dos seguros
- Ageas Portugal
- Fidelidade
- Generali
Setor do retalho
1- IKEA Portugal
2- Fnac
3- Worten
Setor da construção e infraestruturas
- Conduril- Engenharia
- CASAIS- Engenharia e Construção
- Brisa
Setor da distribuição
- Mercadona
- Lidl
- Mc Sonae
Setor dos transportes
- CTT
- TJA- Transportes J. Amaral
- Krone-Mur Servifrio (Doctrans, Lamision)
Setor da restauração e catering
- Itau(Grupo Trivalor)
- Gertal (Grupo Trivalor)
- Uniself (Sociedade de restaurantes)
Setor dos serviços
- EDP
- E-redes
- Galp