• Segundo o Talent Trends Report 2024, desenvolvido pela Randstad, 97% dos líderes “C-level” revelam que a adoção de IA é benéfica na atração e retenção de talento;
  • Cerca de 66% dos líderes de talento relatam maiores investimentos em tecnologia-nomeadamente IA em cerca de 14% desde 2023;
  • A análise revela que 80% das organizações gostaria de passar a ter uma abordagem de contratação baseada em habilidade;
  • O pensamento crítico e a inteligência emocional são, segundo o estudo, altamente valorizados na hora de contratar.

 

A Randstad Enterprise, líder global em soluções de talento, lançou o Talent Trends Report 2024, que revela insights  relacionados com a forma como as organizações podem agir no contexto das rápidas mudanças que estão a acontecer no mercado de trabalho. Com respostas de mais de 1.000 líderes “C-level” e de colaboradores em 21 mercados globalmente, o relatório oferece uma visão das tendências de talento - incluindo integração de IA, lacuna de skills, investimento e compromisso com iniciativas de diversidade, equidade e inclusão, bem como expetativas, desafios e oportunidades do mercado de trabalho.

 

Relativamente à Inteligência Artificial (IA), os dados indicam uma mudança significativa em direção à adoção desta tecnologia em todo o ciclo de vida do talento, de forma a enfrentar desafios, como a escassez de talento e a aprimorar a eficiência operacional. A análise refere que a grande maioria (97%) dos líderes “C- level” concordam que a adoção da tecnologia criou maior engagement,  atração e retenção de talento - um aumento de oito pontos desde 2023.

Entre as várias tecnologias nas quais as organizações estão a investir, a procura pela IA cresceu de forma mais significativa no ano passado. Dois terços (66%) dos líderes de talento relataram este investimento, tendo sido verificado um aumento de 14% desde 2023. 

Embora os líderes de talento expressem algumas preocupações com esta tecnologia, como a redução da mão humana no local de trabalho (34%) e o risco de ampliar o viés ou usar a tecnologia de forma irresponsável (32%), a análise defende que os benefícios superam os riscos. No geral, 78% dos inquiridos afirmam que a IA pode identificar oportunidades para mobilidade interna. E também 78% acreditam que a IA é capaz de encontrar necessidades e lacunas de forma ágil, uma vantagem crucial num cenário altamente competitivo.

A análise mostra que os empregadores reconhecem o papel crítico da IA em reformular a produtividade em vários aspetos, desde a aquisição de talento, onde a utilização desta tecnologia para gerar descrições de trabalho é já comum, até ao avanço da mobilidade interna de talento e à correspondência de habilidades para talentos já dentro do negócio.

 

 

 

 

Além da tecnologia, os dois principais desafios que os líderes de talentos preveem  enfrentar no futuro baseiam-se em habilidades: o aumento da competição por skills difíceis de encontrar (34%) e a escassez crescente de skills de especialização (32%). Estes fatores contribuem para o desejo crescente da maioria das organizações (80%) de migrar para uma abordagem de contratação baseada em habilidades.

Tudo isto faz com que os empregadores se concentrem em identificar as skills essenciais necessárias para uma posição e selecionar candidatos com base nas competências demonstradas, sem priorizar qualificações educacionais formais.

 

O pensamento crítico e a inteligência emocional também são altamente valorizados ao contratar - representam um peso de 82% para candidatos de nível sénior e 80% para candidatos no início da carreira. Esses traços foram mais valorizados do que experiência no setor em questão e diplomas universitários, indicando que muitas empresas estão agora a caminhar em direção a um modelo de força de trabalho baseado em habilidades. 

No entanto, apenas 21% dos empregadores dizem ter sido capazes de construir uma ontologia de habilidades, um passo considerado crucial para empresas neste percurso.

 

O relatório conclui ainda que 1 em cada 10 inquiridos referiu que diminuiu o seu foco em iniciativas relacionadas com Igualdade, Diversidade e Inclusão. Apesar desta diminuição, quase metade (48%) diz que tem o objetivo de melhorar ou expandir o seu eixo estratégico em termos de responsabilidade social corporativa.