Lisboa, 29 de maio de 2023 – A Randstad acaba de apresentar o novo estudo sobre os 50 destaques do primeiro trimestre de 2023, em Portugal. Este estudo contém os dados do mercado disponíveis até ao momento pelo Instituto Nacional de Estatística, o Instituto do Emprego e Formação Profissional, o Ministério do Trabalho, o Banco de Portugal e Eurostat, a Randstad analisou as estatísticas relativas ao mercado de trabalho e aos temas macroeconómicos que o influenciam.
“Este estudo, que nos permite elaborar os 50 destaques relativos ao primeiro trimestre, possibilita a confirmação de fatores e conclusões, de uma forma consistente, recorrendo a uma grande amplitude de dados. Tendo em conta que trabalhamos com uma clara prioridade, as pessoas, consideramos muito importante perceber, através de várias estatísticas e das variáveis macroeconómicas, os cenários, as previsões e como está a evoluir o mercado de trabalho em Portugal. Acreditamos que é dessa forma que conseguimos traçar objetivos mais assertivos e planos mais completos para ultrapassar desafios e aproveitar oportunidades. Além dos estudos, a consistência das análises é um ponto fulcral para nós”, explica Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal
Os principais pontos relativos ao mercado de trabalho referem que a população ativa aumentou em 59,4 mil pessoas durante o primeiro trimestre de 2023 e situa-se agora nos 5,31 milhões de pessoas, o que corresponde a um aumento de 1,8%. Também aumentou o número de pessoas empregadas em 21,8 mil, e a taxa de emprego total situou-se nos 56,4%. Registou-se, neste contexto, uma diminuição na diferença entre o número de homens e mulheres empregados e a análise sublinha ainda o facto de que 25% de todos os profissionais têm menos de 35 anos.
A análise reflete também sobre o facto de 32,5% dos profissionais terem ensino superior e a sua taxa de emprego ser quase 89,6%, e comparativamente com profissionais com estudos secundários e pós-secundários, a taxa de atividade dos indivíduos com ensino superior está acima em cerca de onze pontos.
O emprego nas administrações públicas registou um aumento em 4.942 pessoas num ano e, no primeiro trimestre de 2023, alcançou os 745.642 profissionais, o máximo histórico. Cerca de 92,5% do emprego nas administrações públicas está no continente. Para além disto, cerca de 22,5% do emprego público corresponde à área de operacional/ operário/ auxiliar.
No primeiro trimestre de 2023, o maior grupo profissional, equivalente a 22,7% do valor total de empregados do país é o de especialistas em atividades intelectuais e científicas. Relativamente à atividade económica, é a indústria transformadora a atividade com mais profissionais, uma vez que gera cerca de 17% de emprego do país, seguindo-se o comércio, com 14,3% e os setores da educação e saúde, que empregam 18,8% do total de profissionais.
A taxa de atividade atingiu o total de 60,8%, o seu valor mais alto historicamente e cresceu em todas as faixas etárias, exceto a fatia dos 35-44 anos. Em termos de área geográfica, a zona com mais ativos é a do Norte, com 1,85 milhões de pessoas, situando-se a zona de Lisboa em 1,460 milhões de pessoas. A diferença entre as taxas de homens (65,1%) e mulheres (57,0%) diminuiu para 0,1pp. O estudo concluiu ainda que a taxa de atividade em Portugal no último trimestre de 2022 tinha sido já superior à média europeia na faixa etária dos 15-64 anos.
Ainda no primeiro trimestre de 2023, aumentou o número de pessoas que teletrabalham em 57 mil, situando-se a proporção de indivíduos em teletrabalho nos 19%, sendo que Lisboa está acima da média nacional. [JFS1] Uma outra conclusão deste estudo é que trabalha uma maior percentagem de pessoas em regime híbrido (32%) comparativamente aos colaboradores que trabalham sempre em casa (27%). Registou-se ainda que são os profissionais com mais elevadas qualificações e idades intermédias que estão mais frequentemente em regime de teletrabalho.
Um outro dado que a Randstad destaca na sua análise é que desde janeiro de 2023 que a constituição das empresas se tornou maior do as que a dissolução, confirmando uma tendência que havia sido registada em 2022. No mês de março dissolveram-se 1.239 empresas e constituíram-se 5.284 empresas.
O estudo destaca ainda que a população desempregada (380.300 pessoas) aumentou, o que faz com que se registe mais 23,3% de pessoas nesta condição do que há um ano. A taxa de desemprego aumentou e alcaçou 7,2%. Não entanto, e esta taxa diminuiu nos mais jovens no primeiro trimestre de 2023, situando-se em 19,6%. Em linha com a ideia referida anteriormente, um fator indicado para a maior dificuldade de saída da situação de desemprego é que 40% dos desempregados não possuem ensino médio ou superior. Já no final do primeiro trimestre, no mês de março, foi no Norte a região onde se registou maior desemprego.
Também nesta pesquisa a Randstad procurou perceber, com um inquérito de conjuntura às empresas e aos consumidores, as perspetivas sobre o emprego. Com um clima económico que segue agora uma tendência ascendente, é mencionado que as expetativas empresariais sobre as perspetivas de emprego em três meses aumentaram em abril de 2023 nos setores dos serviços e da construção e diminuíram no setor da indústria transformadora e comércio.