o compromisso da Randstad.

Na Randstad, estamos comprometidos com a utilização responsável e ética da Inteligência Artificial.

A utilização de sistemas de IA tem como objetivo, em parte, ajudar a tornar as interações com clientes e talentos mais pessoais, relevantes e significativas. 

Na Randstad, garantimos que decisões críticas (decisões que produzem efeitos jurídicos relativos a indivíduos ou que os afetam significativamente) exijam sempre supervisão humana.

Nestes termos, em linha e como complemento dos seus valores, definimos, na Randstad, uma Política de IA e os Princípios de IA, no sentido de garantir o uso da IA de forma responsável, reconhecendo suas limitações, como preconceitos, falta de compreensão do mundo real, generalização excessiva e potencial para gerar informações falsas.

princípios de IA da Randstad
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A inteligência artificial no contexto dos recursos humanos.

O salto da IA generativa.

Atualmente, estamos a assistir a um importante boom e desenvolvimento da inteligência artificial (IA) devido à sua utilização cada vez mais generalizada e ao salto para a IA generativa.

Com isto, a IA vai além da capacidade de analisar dados e sugerir decisões que respondem a critérios previamente definidos, sendo capaz de compreender a linguagem num novo nível e criar conteúdos. Este salto de capacidade abre a porta a novas possibilidades, como escrever textos ou manter conversas em tempo real com um grau crescente de realismo e coerência.

Estas capacidades permitem-nos repensar a forma como muitas tarefas são realizadas nas empresas que, tradicionalmente, se baseavam apenas na comunicação entre pessoas, seja ela presencial, telefónica ou por correio eletrónico.

ia em rh - capacidades da inteligência artificial
ia em rh - capacidades da inteligência artificial

A ascensão da IA numa era de escassez de talentos e de mudança da cultura de trabalho.

Isto acontece num contexto em que o mercado de trabalho enfrenta desafios estruturais de talento, devido a fatores como a mudança demográfica, tecnológica ou cultural, o que cria incentivos para automatizar tarefas e melhorar a capacidade das empresas para atrair talento. Esta escassez de talentos é um motor da transformação digital e da expansão da própria IA.

A escassez de talentos está também a ocorrer num contexto de mudança cultural, que está a redefinir o que os trabalhadores esperam das empresas, conduzindo a uma nova perspetiva dos recursos humanos em que o bem-estar dos trabalhadores é mais central.

a inteligência artificial no mercado de trabalho.

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A IA é promissora em muitos sentidos

As capacidades crescentes da IA permitem-lhe ser uma ferramenta para melhorar a produtividade, simplificar o trabalho, poupar custos, reduzir erros ou melhorar a segurança.

A IA muda as necessidades do talento nas empresas

As aplicações das capacidades da IA vão para além dos departamentos de RH. A IA pode ser utilizada para simplificar, apoiar ou mesmo executar um número crescente de tarefas com um maior grau de sofisticação, permitindo a sua utilização em cada vez mais setores.

A IA altera, portanto, a forma como o trabalho é feito e, com isso, as necessidades de talento das empresas, redefinindo as competências necessárias, criando novos empregos e tornando outros obsoletos. A IA afeta o própria essência dos recursos humanos através dos seus efeitos quantitativos e qualitativos no emprego.

Mas também gera preocupações

A IA gera preocupações relacionadas com a destruição de empregos, afetando as possibilidades de encontrar trabalho. Existe também a preocupação de que a IA possa assumir o controle para os seus próprios fins e prejudicar as pessoas.

this is a woman and a computer
this is a woman and a computer

A utilização da IA vai estar muito regulada

O Regulamento Inteligência Artificial (Regulamento (UE) 2024/1689) é o primeiro quadro jurídico em matéria de IA, que aborda os riscos da IA. Este regulamento vem juntar-se à regulamentação existente a nível nacional. A Agência para a Modernização Administrativa (AMA) elaborou um “Guia para a IA”, que pretende trazer para a discussão pública a necessidade de estabelecer os pilares de regulação, supervisão, liderança e governação.

Especialmente na área dos recursos humanos

A regulamentação europeia considera de alto risco as aplicações de IA para fins de emprego, como a gestão da força de trabalho, os sistemas de IA destinados a serem utilizados para o recrutamento ou seleção de pessoas, ou os sistemas de IA destinados a serem utilizados para tomar decisões que afetem os termos e condições das relações de trabalho. Isto implica requisitos mais elevados de controle, segurança, privacidade e ética, em temas como a gestão de riscos ou a gestão de dados.

Rumo a uma forma mais inteligente e humana da gestão de talentos 

As capacidades da IA, associadas a uma gestão responsável dos seus riscos e a uma supervisão humana, oferecem a oportunidade de gerir os RH de forma mais eficiente e precisa, mas também de melhorar a experiência dos trabalhadores e dos candidatos através de um tratamento mais humano.

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Enquadramento institucional.

Qual é o enquadramento institucional para a utilização da IA no contexto dos recursos humanos?

A regulação como resposta aos riscos.

Tem vindo a surgir um quadro regulamentar significativo em resposta aos riscos colocados pela IA, particularmente em áreas sensíveis como o próprio   trabalho.

Este quadro está atualmente a ser moldado e implementado em resultado da novidade tecnológica da IA. Este quadro condicionará as possibilidades de utilização da IA, estabelecendo, ao mesmo tempo, os requisitos para a sua aplicação. Estes requisitos incluem frequentemente a supervisão humana, a transparência e a proteção dos dados ou registos pessoais.

A par da regulamentação que limita e condiciona a utilização da IA, surgem também estratégias para a sua promoção, com o objetivo de aproveitar o seu potencial e, ao mesmo tempo, reduzir os seus potenciais impactos negativos.

Consulte aqui os princípios de IA da Randstad.

princípios de IA da Randstad

Lei de Inteligência Artificial da União Europeia.

A Comissão Europeia elaborou, já em 2021, uma proposta de regulamentação da IA1 para “garantir que os sistemas de IA introduzidos e utilizados no mercado da UE são seguros e respeitam a legislação em vigor em matéria de direitos e valores fundamentais da União”.

Em junho de 2024, foi adotado o Regulamento (UE) 2024/1689 do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece regras harmonizadas em matéria de inteligência artificial, a chamada “Lei Europeia da IA”. Este regulamento define uma série de aplicações de IA como “sistemas de alto risco”, estabelecendo requisitos mais rigorosos para a sua utilização. A norma está a ser implementada progressivamente.

Principais pilares do marco institucional

  • Estratégia Nacional de Inteligência Artificial (2019)
  • Plano de Ação da União Europeia
  • Agenda do Trabalho Digno
  • Agenda Nacional de Inteligência Artificial

Agenda Nacional de Inteligência Artificial.

Situação e objetivos.

  1. A Agenda Nacional de Inteligência Artificial será materializada através de um plano de ação para o horizonte temporal 2025-2026.
  2. Está dentro da Estratégia Digital Nacional, que é um plano multissetorial do Governo português que visa transformar digitalmente o país até 2030.
  3. Impulsionar o crescimento económico e a competitividade de Portugal.
  4. Acompanhar a evolução tecnológica e posicionar-se na sua liderança
  5. Garantir que em 2030 Portugal apresenta um ecossistema robusto de inteligência artificial, baseado na ética e na excelência científica.
  6. Estruturada em torno de 3 eixos de atuação - Inovação, Talento e Infraestrutura.
  7. Compromisso coletivo para que Portugal se afirme como um líder responsável e inovador no desenvolvimento da inteligência artificial, colocando as pessoas e o progresso social no centro desta revolução tecnológica.
Agenda Nacional de Inteligência Artificial.
Agenda Nacional de Inteligência Artificial.

O impulso da IA: Estratégia Digital Nacional.

A Agenda Nacional de Inteligência Artificial é uma das iniciativas da Estratégia Digital Nacional aprovada pelo Governo no passado dia 12 de dezembro. O principal objetivo desta agenda é traçar um caminho estruturado para o desenvolvimento e aplicação da IA em Portugal.

A Agenda incluirá um conjunto de novas iniciativas que serão integradas e articuladas com iniciativas já em andamento na Administração Pública. Esta abordagem integrada e abrangente garantirá que todas as futuras iniciativas relacionadas com IA sigam diretrizes comuns, promovendo sinergias e otimizando recursos.

Entre as principais ações previstas destacam-se: 

  • o desenvolvimento e lançamento do AMÁLIA, o primeiro modelo de linguagem de grande escala (LLM) em português europeu 
  • a implementação de uma Fábrica de Inteligência Artificial, destinada a acelerar a adoção da IA por empresas e instituições públicas
  • a aquisição de capacidade computacional avançada, essencial para o desenvolvimento tecnológico e a inovação no setor da IA.

As prioridades organizam-se em 3 eixos:

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A IA aplicada aos RH.

O que pode a IA acrescentar em cada uma das fases do ciclo de vida do talento?

IA no ciclo de vida do talento.
IA no ciclo de vida do talento.
IA no ciclo de vida do talento.
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IA no ciclo de vida do talento.
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qual é o papel dos humanos no futuro do recrutamento com IA?

recrutamento com IA
IA no ciclo de vida do talento.
IA no ciclo de vida do talento.
IA no ciclo de vida do talento.
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IA no ciclo de vida do talento.
IA no ciclo de vida do talento.

Como pode a IA agilizar as tarefas administrativas nos recursos humanos?

A IA pode facilitar as tarefas administrativas em algumas fases do ciclo de vida do talento.

  • Seleção: a IA pode facilitar a participação do talento nas entrevistas, tratando de questões logísticas como a marcação da hora e do local ou o fornecimento de direções.

  • Onboarding: a IA pode facilitar os procedimentos administrativos para o recrutamento de um novo colaborador e a sua incorporação na estrutura da empresa, bem como o pedido de documentação.

  • Progressão profissional: a IA pode facilitar os procedimentos administrativos para a participação em atividades de formação, melhorando a experiência do colaborador e libertando o tempo dos Formadores para o ensino.

Também pode proporcionar apoio em outra série de tarefas administrativas da empresa.

  • Orientações sobre as práticas e políticas da empresa: a IA pode fornecer orientações aos colaboradores sobre práticas em diferentes áreas, como a cibersegurança, a redução dos riscos profissionais, as políticas de diversidade, ou sobre questões práticas, como a forma de alterar uma palavra-passe. Estas orientações podem ser fornecidas em tempo real ou mesmo sugeridas à medida que o trabalho está a ser realizado.

  • Serviços de apoio aos colaboradores: a IA pode prestar apoio em questões práticas do dia a dia, como encomendar novo equipamento, solicitar reparações, comunicar incidentes ou gerir férias e licenças através de um modelo de auto-serviço.

saiba mais sobre o que a sua equipa de RH pode ganhar com a integração da IA no recrutamento.

vantagens da IA em RH
IA no ciclo de vida do talento.
IA no ciclo de vida do talento.
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Riscos na utilização da IA.

Que riscos pode supor a utilização da IA nos recursos humanos?

Decisões erróneas

Riscos

A IA não deve ser o agente que tome as decisões, mas sim uma ferramenta para facilitar a tomada de decisões da parte das pessoas. Mesmo com mediação humana, o filtro ou organização da informação pode vir enviesado (BIAS) pela IA.

Recomendações

A AI pode levar a uma tomadas decisões erradas em questões como a seleção, promoção ou formação dos colaboradores por não ter, muitas vezes, em conta informação contextual relevante.

Falta de transparência

Riscos

A utilização de algoritmos e os dados utilizados para decidir sobre questões como as revisões salariais devem ser transparentes e acessíveis em termos da informação utilizada e dos fatores tidos em conta. Além disso, pode haver uma falta de sensação de valor entregue.

Recomendações

Os colaboradores podem ficar perturbados se as decisões que afetam o seu estatuto profissional, como a contratação ou as condições de trabalho, forem tomadas por sistemas de IA com base em critérios e dados desconhecidos.

Redução do contacto humano

Riscos

Os sistemas de IA devem ser complementares ao contacto humano e servir para facilitar certas questões de uma forma mais ágil e imediata, mas o contacto humano com os candidatos e colaboradores deve estar sempre acessível.

Recomendações

Os trabalhadores e os candidatos podem sentir-se desconfortáveis se os sistemas de IA não complementarem, mas substituírem completamente, o contacto humano com a empresa.

Redução da autonomia

Riscos

A adoção de sistemas de orientação dos trabalhadores baseados na IA deve ter em conta os próprios trabalhadores e recolher feedback para garantir que o seu funcionamento facilita o trabalho, aumenta a produtividade e melhora o bem-estar.

Recomendações

A IA pode ser um grande aliado na orientação do trabalho diário, mas também pode levar a uma menor autonomia e a um aumento inesperado da intensidade do trabalho, criando desconforto para os colaboradores.

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Redução da intimidade

Riscos

Os sistemas de IA devem recolher informações relevantes, de forma transparente e respeitando sempre os limites, como a separação entre a vida profissional e pessoal, ou o que acontece fora do ambiente de trabalho.

Recomendações

A recolha quase constante de dados pela IA sobre as ações e os perfis dos trabalhadores pode criar uma sensação de falta de privacidade, conduzindo a sentimentos negativos que reduzem a motivação.

Privacidade dos dados pessoais

Riscos

Os modelos de IA generativa são concebidos para utilizar principalmente informações públicas em vez de informações privadas ou sensíveis.3 Existe o risco de os modelos utilizarem dados privados ou pessoais sem consentimento.

Recomendações

Desenvolver soluções de IA que definam permissões de acesso, sejam conscientes da privacidade, transparentes e cumpram os regulamentos de proteção de dados pessoais.

Orientação errónea aos colaboradores

Riscos

A IA pode estabelecer critérios para questões como o recrutamento ou a promoção de pessoal, que, com a transparência necessária, se transformarão em incentivos para o desenvolvimento do pessoal. Se estes critérios se revelarem errados, os trabalhadores tenderão, por exemplo, a reproduzir práticas que não são necessariamente as melhores.

Recomendações

Rever sempre todos os critérios estabelecidos pela IA através de uma supervisão humana adequada por pessoal competente e experiente. Realizar testes e mitigação de bias de IA, internamente ou através de um auditor externo.

Utilização fraudulenta

Riscos

Os utilizadores podem utilizar os sistemas de IA de forma fraudulenta, introduzindo dados falsos para obter um resultado desejado, ou mesmo utilizar a própria IA para esse efeito. Um exemplo seria a utilização fraudulenta por estudantes para passarem em testes de conhecimentos.

Recomendações

Estabelecer sistemas de controlo adequados e registos da utilização dos sistemas de AI pelos funcionários.

 

A participação dos parceiros é fundamental para a adoção de sistemas de IA.

IA em RH - riscos e recomendações
IA em RH - riscos e recomendações

A participação dos próprios colaboradores nas funções e caraterísticas dos sistemas de IA permite recolher informações valiosas que melhoram a qualidade da sua conceção, tornando-os mais capazes de responder às necessidades do trabalho quotidiano. Além disso, permite que sejam vistos como uma ferramenta aliada para facilitar o trabalho, o que favorece o sucesso da sua adoção.

A falta de envolvimento dos trabalhadores na conceção e implementação dos sistemas de AI pode ser vista como uma imposição, criando o risco de estes sentirem a sua autonomia reduzida por receberem ordens de um sistema abstrato e sem rosto, com o qual não podem conversar ou dar feedback adequado. Esta situação pode aumentar o desconforto e afetar a lealdade profissional.

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Efeitos da IA sobre o emprego.

Como é que a IA altera as necessidades de talento das empresas?

A utilização da IA modifica as necessidades de talento.

Os efeitos da IA no emprego podem gerar mudanças nas necessidades do talento das empresas. A IA tem um triplo efeito sobre as necessidades do talento:

01. Automatização de tarefas e profissões

A IA pode replicar tarefas anteriormente executadas por pessoas, tornando algumas competências desnecessárias. Este facto reduz a necessidade de talento associado a alguns perfis, ao mesmo tempo que cria a necessidade de requalificar os trabalhadores com perfis obsoletos. A capacidade da IA para replicar competências é desigual entre as profissões e vai evoluir com o tempo. As competências sociais ou criativas serão mais difíceis de substituir pela IA.

02. Transformação das profissões

A IA irá redefinir muitas tarefas, que serão realizadas através da colaboração com ferramentas de inteligência artificial, transformando assim a forma de trabalhar e as competências necessárias para muitos trabalhadores que utilizarão soluções de IA no seu trabalho quotidiano, incluindo a interação com os departamentos de RH. No entanto, para a maioria dos trabalhadores, apenas serão necessárias competências de IA ao nível do utilizador.

03. Criação de novas profissões

A IA necessita do talento de perfis especializados para a sua implementação:

  • Perfis capazes de criar, monitorar e modificar soluções de IA.
  • Perfis capazes de integrar soluções de IA nos seus respectivos sectores, bem como especialistas para lidar com os problemas e desafios decorrentes da utilização da IA, como os riscos para a privacidade dos dados pessoais ou a rastreabilidade dos conteúdos criados pela IA. O facto de a IA estar sujeita a regulamentação aumenta a necessidade de perfis híbridos, que sejam peritos no seu domínio e tenham também os conhecimentos necessários em matéria de IA, bem como de colaboração entre especialistas em IA e peritos noutros domínios.

A particularidade do setor dos RH faz com que a IA seja mais do que uma ferramenta a utilizar de uma forma diferente, uma vez que afeta o recurso com que os RH trabalham.

A IA vai ter um importante efeito na destruição e criação de emprego, e modifica as competências e conhecimentos necessários para muitos postos, modificando as necessidades de talento nas empresas.

 

Necessidades de formação decorrentes da utilização da IA.

Para além de ser uma ferramenta para facilitar a formação, a adoção da IA gera necessidades de formação.

Necessidades de formação decorrentes da utilização da IA.
Necessidades de formação decorrentes da utilização da IA.

Desafios decorrentes da utilização da IA.

A nova transformação digital impulsionada pela inteligência artificial implica uma série de desafios para os recursos humanos.

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Uma gestão do talento mais humana e inteligente.

A IA significa uma mudança na forma como trabalhamos, incluindo nos recursos humanos.

  • A IA pode agora conversar com as pessoas. Graças ao salto para a IA generativa, registou-se um importante avanço qualitativo, permitindo-lhe realizar e complementar tarefas para as quais o envolvimento humano era anteriormente essencial.

  • Uma época de escassez de talentos e de mudança da cultura empresarial. A IA floresce numa altura de escassez de talentos, marcada pela transformação digital, demográfica e ambiental. A IA está associada a uma mudança na cultura empresarial, em que o apoio aos trabalhadores, tanto junior como senior, passa a ser uma forma de promover a motivação, o desenvolvimento, a retenção e o desempenho dos trabalhadores.

  • As novas capacidades de IA irão transformar a forma como trabalhamos, em todos os setores, incluindo os recursos humanos. A capacidade de conversação da IA pode ser aplicada à forma como as empresas comunicam com os seus empregados, candidatos e clientes.

  • A IA implica uma dupla transformação para os recursos humanos. A IA oferece uma multiplicidade de aplicações para facilitar e melhorar a gestão das pessoas, ao mesmo tempo que altera as necessidades de talentos em muitos setores de atividade, afetando a própria essência dos recursos humanos.

Por que razão os empregadores não precisam de recear o aumento da IA no recrutamento? Descubra neste artigo.

empregadores e a IA

Gestão de pessoal mais eficaz, eficiente e amigável.

Principais contributos da IA para os recursos humanos.

  1. Tomar melhores decisões. A IA permite sistematizar a tomada de decisões, seguindo uma abordagem mais objetiva e baseada em dados e tendo em conta um maior número de variáveis. Para além disso, a rapidez da análise da informação permite uma resposta ágil às mudanças, tornando a gestão mais eficaz.

  2. Poupança de custos. A IA pode realizar uma vasta gama de tarefas morosas para os recursos humanos, tais como tarefas administrativas, apoio na formação de trabalhadores (não usamos funcionários), análise curricular prévia, apoio na criação de conteúdos, oferecendo ganhos de eficiência e poupanças de custos.

  3. Libertar tempo para a vertente relacional. A capacidade de multitarefa da IA permite que a equipa de RH passe mais tempo com as pessoas, tanto com potenciais candidatos como aos próprios colaboradores.

    Isto melhora as relações entre as pessoas e permite conhecê-las melhor, o que facilita a melhoria da organização da empresa.

  4. Facilitar a formação. A IA pode identificar as necessidades de formação e criar cursos. Também pode fornecer informações para orientar os colaboradores e responder às suas perguntas, funcionando como um recurso de apoio à formação.

  5. Promover o bem-estar no trabalho. A IA pode facilitar a vida aos trabalhadores, simplificando muitos procedimentos no local de trabalho e tornando a informação mais acessível.

People in conversation
People in conversation

Aproveitar o potencial da IA nos recursos humanos, colocando a pessoa no centro.

Principais recomendações.

  1. Manter sempre a supervisão humana. Pode sempre haver perceções ou avaliações decorrentes da experiência profissional que não são tidas em conta pelas ferramentas de IA. A IA deve ser uma ferramenta ao serviço das pessoas e não o agente de tomada de decisões.

  2. Colocar o talento no centro. As soluções de IA devem ser concebidas tendo em conta as necessidades da força de trabalho, a fim de proporcionar um apoio fundamental para o seu sucesso e boa utilização. É essencial respeitar a privacidade e a intimidade das pessoas e atuar de forma transparente, informando-as sempre de que os dados fornecidos, mesmo em conversas informais, podem ser utilizados.

  3. Assegurar o contacto humano. O aumento da produtividade da IA pode conduzir a um modelo de comunicação homem-máquina que pode levar à frustração dos candidatos e dos trabalhadores. Por outro lado, a IA liberta efetivamente o pessoal de RH das tarefas de rotina, permitindo-lhe assim prestar mais atenção à parte relacional do seu trabalho.

  4. Manter-se atualizado em relação à regulamentação. A evolução recente e constante da IA faz com que os regulamentos estejam numa fase de criação em que são progressivamente concebidos e modificados. O local de trabalho é uma área sensível onde é essencial monitorizar e aplicar constantemente as alterações regulamentares.

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Referêncais

  • Banco Mundial (2024) “Revolução da IA na Educação. 
  • BCG (2023) “How Generative AI Will Transform HR”.
  • Comissao Europeia (2021), Proposal for a Regulation of the European Parliament and of the Council Laying Down Harmonised Rules on Artificial Intelligence (Artificial Intelligence Act); 
  • Forbes. 5 AI Tools For Learning And Development Teams in 2024. Forbes. AI Recruiting Will Be A Game Changer.
  • Foro Económico Mundial (2023) “Future of Jobs Report 2023“.
  • Foro Económico Mundial (2023) “How can organizations prepare for generative AI?”. 
  • Future of Life Institute. “Benefits & Risks of Artificial Intelligence”.
  • Future of Life Institute. “Pause Giant AI Experiments: An Open Letter”. Google Cloud. IA conversacional.
  • Green y Lamby (2023) “The supply, demand and characteristics of the AI workforce across OECD Countries”. 
  • IBM. The business case for AI in HR.
  • ILO (2023) “Generative AI and jobs: A global analysis of potential effects on job quantity and quality”. 
  • Josh Bersin (2023) “The Role Of Generative AI And Large Language Models in HR”.
  • JRC (2021) “Algorithmic Management Consequences for Work Organisation and Working Conditions”. 
  • Korn Ferry. AI in Recruiting 2024: Pros and Cons.
  • LinkedIn. Workplace Learning Report 2024.
  • Maples, B., Cerit, M., Vishwanath, A., & Pea, R. (2023) “Loneliness and Suicide Mitigation for Students using GPT3-Enabled Chatbots”. 
  • Microsoft Research (2023) “Sparks of Artificial General Intelligence: Early experiments with GPT-4”.
  • Agenda Nacional de Inteligência Artificial (2025) “Roteiro de Auscultação sobre a Agenda Nacional de Inteligência Artificial”
  • OECD (2023) “Employment Outlook 2023. Artificial intelligence and jobs”. 
  • Randstad Research (2024) “O impacto da IA no mercado de trabalho”.
  • Richard Ngo, Lawrence Chan y Sören Mindermann (2003) “The Alignment Problem from a Deep Learning Perspective”. 
  • Talent Neuron (2023) “Future-Proof Your Talent Strategy. How artificial intelligence (AI) is evolving the workforce”.
  • Tyna Eloundou, Sam Manning, Pamela Mishkin y Daniel Rock (2023) “GPTs are GPTs: An Early Look at the Labor Market Impact Potential of Large Language Models”.
  • Visier. The HR leaders guide to generative AI.